O nome da caverna foi dado a ela devido a tradição de que o Rei Zedequias, o último dos Reis de Judá teria se escondido nela por dois ou três dias antes de tentar fugir rumo a Jericó, quando foi preso e seus filhos foram mortos diante dele, e seus olhos foram arrancados.
Esta caverna que têm nove mil metros quadrados em sua área conhecida, têm cerca de cem metros de largura e trezentos metros de comprimento forma o maior complexo de salas subterrâneas conhecido em Jerusalém.
Há quem acredite que a caverna na realidade é ainda maior e chega até debaixo do Monte do Templo.
Segundo uma das crenças judaicas antigas, a extenção da caverna é muito maior do que se pode imaginar, ela levaria o Rei Zedequias até bem próximo da Cidade de Jericó, e quando ele saiu na extremidade do complexo na região do vale do Jordão é que ele teria sido apanhado pelos caudeus.
Dentro da caverna existem também uma fonte que é chamada de fonte das lágrimas do Rei Zedequias, a agua ali brota das infiltrações de água pluvia através da rocha calcária, mas a autoridade de arqueológia desaconselha o público a bebê-la.
Arqueologia da Caverna de Zedequias em Jerusalém
A caverna foi re-descoberta no século XIX, quando então a notícia chegou aos europeus, os maçonicos identificaram-na como sendo o local de onde o Rei Salomão teria extraido as rochas para a contrução do Primeiro Templo de Jerusalém, fato que não têm base segundo a arqueologia.
O famoso arqueólogo britânico Charles Simon Clermont-Ganneau descobriu na parede do salão de entrada da caverna uma gravação que data do período do Primeiro Templo de um animal semelhante a um cavalo com asas.
Segundo as pesquisas feitas no local, a maioria das rochas retiradas ali na realidade foram utilizadas para a contrução do Templo de Herodes, isto devido aos detalhes dos cortes das rochas emolduradas, característica típica da obra impressionante de Herodes o Grande.
Mas não há como negar o uso das rochas da caverna no Primeiro Templo, pois a falta de marcas de retiradas do período de Salomão não quer dizer que Herodes não poderia ter retirado da mesma região que o primeiro construtor o fez.
A Maçonaria e os Illuminati em Jerusalém
No século XIX o Fundo de Exploração da Palestina fez uma série de estudos arqueológicos na região da Cidade Santa, boa parte dos membros do fundo eram maçonicos, tanto os ingleses e franceses quanto os oficiais do Império Turco Otomano.
Por causa da crença dos maçônicos (os construtores livres) de que este era o local da pedreira de Salomão, eles passaram a realizar no local suas cerimônias místicas anuais, o que atraiu um grande número de visitantes no local.
Por muitos anos diversos eventos maçonicos foram efetuados no maior de todos os salões da caverna e somente pararam por causa da Guerra da Independência de Israel em 1948, quando o local foi bloqueado pelos jordanianos.
A Caverna de Zedequias na Era Contemporânea
A caverna só foi viabilizada para visitas após a unificação de Jerusalém em 1967 após a Guerra dos Seis Dias.
Nos dias de hoje, a caverna de Zedequias está aberta ao público que pode visitar este local após pagar uma pequena taxa na entrada do complexo, ela está localizada um pouco mais a leste da Porta de Damasco, junto as Muralhas da Cidade Velha de Jerusalém.