A Porta Dourada é a mais conhecida e mais misteriosa de todas as portas da Cidade Velha de Jerusalém, debaixo do portão atual se encontra os portões originais que remotam mais de 2000 anos, e há quem diga que se trata de um dos remanecestes das construções do Rei Salomão.
Quem nunca passou por Jerusalém e indagou qual o motivo deste portal estar cerrado entre o Monte do Templo e o cemitério muçulmano em sua encosta?
A Porta Dourada (Sha’ar Harachamim, Porta das Consolações) na parede oriental da muralha da Cidade Velha em Jerusalém tem um significado especial principalmente no dia de Yom Kippur, o Dia do Perdão judaico.
Se a porta fosse aberta, ela levaria diretamente para a esplanada do Templo em Jerusalém.
No lado de fora da porta, a vista se abriria para o Vale do Cedron e o Monte das Oliveiras poderia ser visto adiante.
Na literatura talmúdica o portão também era conhecido como o Portão de Shushan por causa de sua direção leste (em direção à cidade persa de Susã), capital do império persa, talvez, por causa do papel desempenhado por Ciro, Rei da Pérsia, que foi quem ordenou o retorno dos judeus à Jerusalém após o exílio babilônico.
Segundo a tradição judaica, no Yom Kippur um mensageiro (geralmente um sacerdote) tomava alí o cordeiro sacrificial do templo pelo portão que dava pelo deserto.
A cerimônia de purificação Novilha Vermelha também envolvia entrar com sacrifício através do portão oriental para o Monte das Oliveiras.
Ao contrário da maioria dos outros portões de Jerusalém, a Porta Dourada foi originalmente construída pelo menos um milênio antes de Suleiman o Magnífico ter reconstruído os muros de Jerusalém em 1540.
Na verdade, alguns arqueólogos acreditam que a porta original, que remonta a construção de Herodes ou até mesmo do período de Neemias (440 AC), ainda exista sob o portão atual.
Talvez por causa do grande significado religioso do portão para judeus e cristãos como a rota para Jerusalém do Messias, acredita-se que Suleiman selou o portão e permitiu a construção de um cemitério muçulmano em frente ao portão propositalmente, o que impediria a entrada dele por um lugar de maldição.
As escritas hebraicas nas paredes internas da câmara do portão, se acredita terem sido deixadas ali por peregrinos judeus há pelo menos 1.000 anos atrás, é o que revela um estudo publicado por Shulamit Gera, em hebraico.
A teoria de uma antiga porta recebeu apoio em 1969, quando um estudante arqueológico chamado James Fleming estava inspecionando o portão atual.
De repente, o chão encharcado de chuva embaixo dele se abriu e ele se viu em um poço de ossos, ao olhar do topo para o poço em frente ao portão oito pés abaixo da superfície.
Fleming fotografou sua descoberta, parte de um arco que é provavelmente o remanescente do portão original.
Quando ele voltou no dia seguinte, o túmulo havia sido selado com uma laje de cimento pelos guardiões islâmicos do cemitério e o burado fechado com entulhos.
Há ainda muitos mais detalhes, lendas e tradições em relação a Porta Dourada, esta seria a portal pelo qual o Messias Yeshua entrou há dois mil anos atrás e pela qual os messias esperado pelos judeus deverá entrar no início do estabelecimento do Milênio Judaico.
Até então, continuaremos a indagar sobre o real motivo de estar selada.