Abel-meolá ou Abel-Mehola

Abel-meolá é uma grande questão arqueológica, pois nenhuma das candidatas ainda pode convencer os pesquisadores de sua real localização. Abel-meolá é a cidade natal de Eliseu conforme podemos ler em 1 Reis.

“E a Jeú, filho de Ninsi, ungirás para ser rei sobre Israel; bem como a Eliseu, filho de Safate de Abel-meolá, ungirás para ser profeta em teu lugar.”

1 Reis 19:16 ALMEIDA

De acordo com o Livro de Juízes, Gideão perseguiu os midianitas “para Zererah” (Zarethan), até “a fronteira de Abel-Meholah”:

“Pois, ao tocarem os trezentos as trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, e fugiram até Bete-sita, em direção de Zererá, até os limites de Abel-meolá, junto a Tabate.”

Juízes 7:22 ALMEIDA

Lá, ele atravessou o Jordão, conforme descrito em Juízes 8:4, então Abel-meholah pode ter sido um território ou uma cidade perto do Jordão, o que está bem de acordo com a localização destas ruínas que está bem em uma rampa rumo ao vale do Jordão.

Os estudiosos ofereceram inúmeras sugestões quanto à sua localização, incluindo Tell Abû Sifri, perto da junção do Wadi el-Helway e do Wadi Maliḥ, que pode preservar o nome de Meholah, até mesmo uma das cidades da era do bronze ao sul de Beth-Shean.

“ABEL-MEHOLAH”, Eerdmans Dictionary of the Bible, 4.

“Quando Gideão ouviu a narração do sonho e a sua interpretação, adorou a Deus; e voltando ao arraial de Israel, disse: Levantai-vos, porque o Senhor entregou nas vossas mãos o arraial de Midiã. Então dividiu os trezentos homens em três companhias, pôs nas mãos de cada um deles trombetas, e cântaros vazios contendo tochas acesas, e disse-lhes: Olhai para mim, e fazei como eu fizer; e eis que chegando eu à extremidade do arraial, como eu fizer, assim fareis vós. Quando eu tocar a trombeta, eu e todos os que comigo estiverem, tocai também vós as trombetas ao redor de todo o arraial, e dizei: Pelo Senhor e por Gideão! Gideão, pois, e os cem homens que estavam com ele chegaram à extremidade do arraial, ao princípio da vigília do meio, havendo sido de pouco colocadas as guardas; então tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros que tinham nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas, despedaçaram os cântaros, segurando com as mãos esquerdas as tochas e com as direitas as trombetas para as tocarem, e clamaram: A espada do Senhor e de Gideão! E conservou-se cada um no seu lugar ao redor do arraial; então todo o exército deitou a correr e, gritando, fugiu. Pois, ao tocarem os trezentos as trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, e fugiram até Bete-sita, em direção de Zererá, até os limites de Abel-meolá, junto a Tabate.”

Juízes 7:15–25 ALMEIDA

O nome árabe da colina é Tell Abu Sifri, ou Abu Sifry – “a colina com a mesa redonda”. A cidade foi povoada da Idade do Bronze Final (1300-1200 AC), e atingiu o auge no período de Bronze III e continuou a existir até o período persa.

O local foi pesquisado por Gophna e Porat (1972, site # 86), Adam Zertal (1996, site # 96) e Bar Yosef (2007) e escavado por Adam Zertal entre 1988 e 1989.

A estrada de Alon corta suas ruínas orientais, onde os restos de paredes e estruturas são visíveis. No local estão os fundamentos visíveis de quatro estruturas.

Foto: GooglePuls

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