Arqueólogos podem ter encontrado a cidade natal de André, Pedro e Felipe – Durante décadas os pesquisadores apontavam para as ruínas de Tel Betsaida como é chamada nos dias de hoje a cidade de Geshur, como sendo a Betsaida descrita no Novo Testamento, cidade natal de André, Pedro e Felipe, mas as descobertas realizadas neste verão poderão mudar finalmente este conceito.
Foto acima: Amit Arari – Amud Anan
A cidade até agora considera como Betsaida era comprovadamente a cidade pagã de Gesur, um rei que foi sobro de Davi. O reino de Gesur por sua vez, por causa do casamento de Davi com sua filha, foi um dos primeiros a aderirem ao grande reino unido de Davi e Salomão.
Agora, após décadas, as descobertas estão sendo feitas como uma surpresa agradável. No começo das escavações no vale de Betsaida os arqueólogos haviam encontrado uma cidade perdida, que poderia ser a Betsaida Bíblica, mas esbarraram em um problema cronológico, as ruínas descobertas eram do período bizantino, pelo menos 300 anos depois de Jesus e seus discípulos. Com o avançar das escavações os arqueólogos descobriram enterrados abaixo do piso bizantino uma parede e uma parte de um piso decorado com mosaico, a formação arquitetônica demonstra ter sido um banho romano, o que descarta ser apenas uma aldeia, pois banhos romanos não eram construídos em pequenas aldeias.
Flávio Josefo esteve no local em 66 DC para liderar uma batalha contra soldados romanos e ficou ferido, sendo transferido para Cafarnaum para receber tratamentos médicos. Ele relatou que Betsaida que era um pequeno vilarejo cresceu muito e por isso, Felipe, filho de Herodes o Grande deu-a a posição de cidade, construindo muitos coisas nela. Um viajante do século VIII DC, o Bispo de Bavária, relatou que a igreja de Betsaida era grande e em homenagem aos três discípulos de Jesus que viveram ali, na até então considerada Betsaida(Geshur) nunca foram encontradas ruínas de uma igreja, o que fortalecia a ideia de que ela não era mesmo a cidade bíblica.
Geólogos de Israel analisaram o preenchimento sobre a parede, cerca de 2 metros de altura e chegaram a conclusão de que em algum momento no terceiro século, houve uma grande inundação e avalanche do rio Jordão que cobriu o local. Além disso, a descoberta desmentiu uma outra tese, de que o Mar da Galiléia estava no nível de 209 metros abaixo do nível dos oceanos, pois a cidade agora descoberta está a 212 metros abaixo do nível dos mares, o que indica que o nível do mar da Galiléia era ainda mais baixo ainda.
Os indícios atuais reforçam de que as ruínas de Beit Ha-Bek onde está sendo realizada a escavação, no local além da parede encontrada dois metros abaixo das ruínas bizantinas, e o mosaico, foram encontradas cerâmicas e moedas do mesmo período de Jesus e os Discípulos, o primeiro século. As escavações que vão continuar na próxima temporada, com certeza trarão grandes revelações ao mundo da arqueologia.
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