Em breve, o Museu de Israel estará abrindo ao público uma das mais importantes exposições de arqueologia em que se revelará mais detalhes sobre a vida e a morte de Herodes o Grande.
A exposição contará com peças que foram retiradas das explorações arqueológicas que foram realizadas no Herodium, uma grande fortaleza e mausoléu construído pelo então Rei da Judeia, Herodes o Grande.
Herodes que foi conhecido tanto pelo Novo Testamento quanto pelos relatos de Flávio Josefo como um rei na realidade de origem da Idumeia, poderá ser visto na exposição com faces múltiplas.
Na exposição os visitantes os visitantes poderão ver peças raras que até então não haviam sido expostas ao público, decorações de seu túmulo, colunas de seu palácio e muito mais.
A exposição sobre Herodes o Grande deverá ficar aberta no Museu de Israel por apenas nove meses, por isso, para os que podem, marquem uma visita o quanto antes.
Resumo sobre o Herodium
O Herodium (Hebreu: הרודיון) é uma colina a 12 km ao sul de Jerusalém, no deserto da Judéia. Tem 758 m de altura. Ali Herodes, o Grande, construiu uma fortaleza, a mais proeminente dentre as suas edificações. Este é o único local que leva seu nome, e foi o local que escolheu para ser enterrado e eternizado.
Flavius Josephus fala a respeito da fortaleza: “Esta fortaleza, que fica a sessenta estádios de Jerusalém, é naturalmente forte e muito bem construída, ficando razoavelmente próxima a um monte levantado a grande altura pela mão do homem e arredondado na forma de um peito. Tem torres em volta, e um acesso íngreme. Dentro dela estão os apartamentos reais, ao mesmo tempo bem defesos e bem decorados.
Na base do monte existem áreas para desfrute construídas de tal maneira que vale a pena ver, entre outras coisas, a maneira em que a água, que falta no lugar, é trazida de grande distância e com grandes trabalhos. Na planície circunvizinha foi construída uma cidade sem paralelo, com o monte servindo como uma acrópole para as outras moradias” (Flavius Josephus, Guerra, I, 21, 10; Antigüidades, XIV, capítulo 13, 9). O Herodium foi conquistado e destruído pelos Romanos em 71 A.D., quando Lucilius Bassus e Fretensis estavam a caminho de Massada.
Descoberta do Túmulo de Herodes
Em 16/07/2007 publicamos aqui de que arqueólogos descobriram que o sepulcro de Herodes está localizado dentro do Herodium no deserto da Judéia e não dentro da Cidade Velha de Jerusalém como pensavam até o momento. Durante muitos anos os arqueólogos procuram o que seria seu sepulcro, até mesmo cientistas tentaram descobrir o mistério até então insolúvel bem como os sepulcros da família de Davi. Cujo local preciso ainda não há provas definitivas. Segundo os arqueólogos, hoje há provas precisas que foram apresentadas em uma entrevista coletiva que foi realizada hoje na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Encabeçando a equipe estava o Doutor Ehud Netzar, pesquisador reconhecido internacionalmente como especialista em construções herodianas na qual dedicou mais de 30 anos de sua vida em escavações e pesquisas das atividades construtoras de Herodes, desde os palácios em Jericó, Massada até o Herodium. Sua declaração provocou muitas reações ontem na comunidade arqueológica de Israel. Esta “casa” de veraneio construída por Herodes e repleta de estábulos, jardins e salas era utilizada pelo rei quando Jerusalém ficava lotada na época das principais festas do Povo de Israel. O Castelo construido em forma de cone sobre uma colina na judeía é uma das raras construções que levou o nome de seu construtor. Uma das construções mais impressionantes é um palácio de 130 metros por 60 que é precedido por uma via com 350 metros que segundo se pensa, este caminho foi aberto especialmente para o funeral do Rei Herodes que teria ocorrido dentro deste local.
O líder da comunidade judaica Gush Etzion declarou que esta descoberta tornará o local um dos locais mais procurados turisticamente e religiosamente no país e mostra mais uma vez a relação da região de Gush Etzion com o povo de Israel e sua história.
Morte de Arqueólogo
Ehud Netzer (em hebraico: אהוד נצר 13 nasceu em maio de 1934, em Jerusalém e faleceu em 28 de Outubro de 2010) foi um arquiteto israelense, educador e arqueólogo, conhecido por suas escavações extensas no Herodium, onde em 2007 ele descobriu o túmulo de Herodes, o Grande; e a descoberta da Sinagogano desfiladeiro do riacho Qelt na Judeia, a mais antiga sinagoga conhecido já encontrada até hoje.
Netzer atuou como professor no Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele era um especialista de renome mundial em Arquitetura Herodiana.
Netzer trabalhou em Massada com Yigal Yadin, e mais tarde concluído o relatório de escavação oficial para o site. Mais tarde, ele levou equipes de arqueólogos que fizeram o trabalho de campo importante no palácio de Herodes em Jericó. No Herodium, no deserto da Judeia perto de Belém, e ao sul de Jerusalém, há mais de três décadas, Netzer supervisionou as escavações extensas com foco em ruínas no pé e nas laterais desta montanha artificial.
Em 25 de outubro de 2010, Netzer caiu e ficou gravemente ferido quando uma grade cedeu na escavação do Herodium. Ele morreu pelo agravamento de seus ferimentos, três dias depois no Hospital de Hadassah Ein Kerem em Jerusalém, Israel.