Pode-se dizer que o mundo gira, dia e noite, em torno de Israel. Nos acontecimentos do Oriente Médio, Israel – Jerusalém sempre estão em foco e, na perspectiva bíblica, tal posição se intensificará cada vez mais: “farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregarem com ela certamente serão despedaçados e ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra.” (Zacarias 12:3).
Alguém comentou: “Israel é sempre um
sucesso de bilheteria” e acrescentou sobre o que ocorre atualmente no Congo –
“Curioso: uma catástrofe sem precedentes está a suceder na África e o mundo
está com os olhos postos em Gaza”. “Mas o mundo não quer saber do Congo para
nada. Não há judeus no Congo” (J.P Coutinho, Fl, SP, 13.01.09). Sim, o
foco mundial é, e sempre será, a “Terra Prometida” (Há-áretz HamuvtáHat), Terra
Santa (Êretz Hakodesh).
Frederico, agnóstico e ateu, intitulado o grande (mas, Grande é o Senhor!),
rei da Prússia, pediu ao seu piedoso
médico e pregador da Palavra que lhe desse uma prova irrefutável da existência
de Deus. Prontamente respondeu-lhe: “Os judeus, Majestade!”
Sim, desde a chamada de Abraão, conforme
o registro de Gênesis 12, a história da humanidade adquiriu um segundo rosto e
nova linha foi traçada a partir desse Patriarca: “em ti serão benditas todas as
Nações (Famílias) da terra”! Desde
então, a humanidade passou a ter bons e desafiantes confrontos com os termos:
Hebreus, Judeus e Israelitas. A princípio, o termo Norte (Israel) e Sul
(Judá), I Reis 12, os que voltaram do cativeiro babilônico à Palestina
pertenciam, em sua maioria, ao Reino do Sul, Judá, favorecendo para todos os
povos de então que fossem identificados como Judeus (II Reis 16:6).
Hebreu– Gênesis 14:13 diz: “Veio um que escapara e o contou a Abrão, o
hebreu” – “O homem d’além do rio”. Também em Gênesis 39:14, José é
identificado, em tom de ironia, como o varão hebreu. Hebreu, vem de Héber
(Gênesis 10:24, 11:17) e, no capítulo 11:23-32, surge Abrão deste mesmo tronco
– Héber, significando “além”, “através”, “do outro lado”, da outra margem do
rio Eufrates. Podem-se ler, ainda, as declarações de Josué 24:2-3: “Então Josué disse a
todo o povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais,
Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros
deuses. Eu, porém, tomei Abraão, vosso pai, dalém do rio e o fiz percorrer toda
a terra de Canaã; também lhe multipliquei a descendência e lhe dei Isaque.
Israel – O surgimento do nome é mais rápido em Gênesis 32:28 – “Não se
chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel”. Do substantivo Israel, tem-se, hoje,
o adjetivo pátrio israelita, o habitante do atual Estado de Israel (Medinat
Israel). É imprescindível lembrar que os termos se fundem : judeu ou hebreu ou israelita – o tronco é um
só: Abraão.
O ódio de Satanás é milenar contra Israel,
pois, na realidade, não é contra os judeus,
mas, sim, contra o próprio Deus que, na sua soberania, escolheu fazer
aliança eterna (Brit Olâm) com Isaque: “e com ele estabelecerei o meu
concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele” (Gênesis
17:19). O próprio Abraão se preocupou quando disse: “Tomara que viva Ismael
diante do teu rosto!” (verso 18) e ,no verso 20, Deus promete abençoar Ismael, mas
reafirma sua aliança com Isaque (verso
21).
Gênesis 16:12 declara que Ismael seria “um
homem bravo”. O hebraico diz: “Vê- hu ihiê Péreh adam” (E ele será homem
selvagem). “Adam Péreh – homem selvagem, bárbaro (jumento selvagem).
Após o casamento de Rebeca com Isaque, Gênesis 24, o verso 60 diz: “Abençoaram
Rebeca e disseram-lhe: Nossa irmã, sejas tu em milhares de milhares, e que a
tua semente possua a porta de seus aborrecedores”! O mesmo texto de Gênesis
16:12, do “homem bravo”, declara: “e a mão de todos, contra ele; e habitará
diante da face de todos os seus irmãos”. Também está profetizado em Daniel
9 que, após a destruição de Jerusalém no ano 70, pelos romanos, “até ao fim haverá guerra; estão determinadas
assolações” (Daniel 9:26-b).
Ainda em Gênesis
22, quando Abraão oferece o seu filho Isaque em sacrifício, Deus, vendo a
obediência absoluta dele, renova seu pacto no verso 17 e diz também na parte
final: “e a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos”.
Em certo sentido, é um mistério o amor de
Deus por Israel. Nesse contexto geral, também em Abraão, Deus abriu uma
oportunidade para a Igreja, ficando a lição que, mesmo no fracasso de Israel,
há bênção: Romanos
11:25.O permanente
conflito árabe-israelense só terá o seu fim com a volta de Ieshua há-Mashia.
Assim como Neemias, Esdras, Zorobabel e outros foram usados para a reconstrução
do 1º templo, reconstrução da cidade destruída (Neemias 1:2-4), preparando o
cenário neotestamentário para o nascimento de Iesua há-Mashia, todos os atuais
conflitos estão, novamente, na dimensão da volta de Ieshuá! Desde o retorno dos
judeus para a sua terra em 1948 (Isaías 66:8 , Jeremias 16:15, etc)
, o cenário escatológico foi pontuado e o Rei
dos Reis está prestes a chegar!
Israel é o
fiel ponteiro do relógio de Deus que motivará e acelerará os acontecimentos
finais. A propósito, o profeta Zacarias diz: “Naquele dia, estarão
os seus pés sobre o Monte das Oliveiras”. (Zacarias
14.4).
Atualmente, o espírito que opera em
Israel e impera contra esse Estado é o que está profetizado no Salmo 83:3-5: “Tramam astutamente
contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais
memória do nome de Israel. Pois tramam concordemente e firmam aliança contra ti.” Deus, no entanto, está atento aos filhos de Sião, “pois assim diz o SENHOR
dos Exércitos: Depois da glória, enviou-me às nações que vos despojaram; porque
aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho (Zacarias 2:8). alsacramento@uol.com.br
ABC-Paulista, 13 de janeiro de 2009.
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