O Barco de Jesus ou o Barco da Galiléia

O Barco de Jesus ou o Barco da Galiléia é sem dúvida alguma uma das mais importantes relíquias arqueológicas encontradas na Terra Santa até os dias de hoje.

Esta é a emocionante e inspiradora história da descoberta, escavação e conservação do Antigo Barco da Galileia, conhecido como o célebre Barco de Jesus foi vivenciada por Moshe e Yuval Lufan, irmãos e pescadores do Kibutz Ginosar em Israel. Eles descobriram o antigo barco da Galileia enterrado na lama perto da costa do Mar da Galileia.

A descoberta do barco abalou o mundo arqueológico e espiritual. Nunca antes um barco tão antigo foi encontrado tão completo dentro da água. Uma vez que o barco estava positivamente datado do primeiro século EC, peregrinos de todo o mundo se reuniram para ver o barco no qual poderia ter sido a mesma embarcação em que Jesus e seus discípulos navegaram no Mar da Galileia.

O barco tem 9 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e 1,25 metros de altura. Pode ter funcionado como uma balsa, mas suas medidas também se adequam àquelas usadas por antigos pescadores que utilizavam uma rede de arrasto, lançada ao mar, conforme descrito em Mateus 13:47-48.

Igualmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanhou toda espécie de peixes. E, quando cheia, puxaram-na para a praia; e, sentando-se, puseram os bons em cestos; os ruins, porém, lançaram fora.

Mateus 13:47–48

Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era ele. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-lhe: Não. Disse-lhes ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: Senhor. Quando, pois, Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava despido, e lançou-se ao mar; mas os outros discípulos vieram no barquinho, puxando a rede com os peixes, porque não estavam distantes da terra senão cerca de duzentos côvados. Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes. Entrou Simão Pedro no barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.

João 21:4–11

A descoberta maravilhosa ocorreu no período seco do ano de 1986, no auge do verão, quando o nível do Mar da Galileia baixou muito, como normalmente acontece.

Foi por causa da seca que os dois irmãos do Kibbutz Ginossar (a Genesaré bíblica em Mateus 14:34) que pescavam, notaram parte de uma estrutura muito estranha emergindo da lama do Mar da Galiléia. Como em Israel se determina pela lei que se alguém acha algum artefato antigo, os arqueólogos foram chamados. Levaram 12 dias inteiros até que o barco ficasse completamente revelado: um barco da época em que Jesus pregava na região o primeiro século da EC.

A embarcação de cerca de 2 mil anos é uma combinação, segundo os especialistas, entre um barco de pesca e barco de transporte de passageiros – de um tipo que foi improvisado como nau de guerra em batalhas contra os romanos.

Logo que a descoberta se espalhou, não demorou muito e o barco bi milenar milenar começou a ser chamado de o “Barco de Jesus”, por ser bem semelhante aos que os Discípulos e o Messias utilizavam naquela região.

Importantes passagens da Bíblia, como a que Jesus andou sobre as águas, ou aquela em que acalmou uma tempestade, registraram o uso de um barco na região.

Tendo-as despedido, subiu ao monte para orar à parte. Ao anoitecer, estava ali sozinho. Entrementes, o barco já estava a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. â quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar. Os discípulos, porém, ao vê-lo andando sobre o mar, assustaram-se e disseram: é um fantasma. E gritaram de medo. Jesus, porém, imediatamente lhes falou, dizendo: Tende ânimo; sou eu; não temais. Respondeu-lhe Pedro: Senhor! se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas. Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus. Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me. Imediatamente estendeu Jesus a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? E logo que subiram para o barco, o vento cessou. Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus. Ora, terminada a travessia, chegaram à terra em Genezaré.

Mateus 14:23–34

E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que se levantou no mar tão grande tempestade que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo. Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?

Mateus 8:23–27

Após um complexo e longo processo de restauração, o barco foi finalmente colocado em um museu pequeno museu no Centro Yigal Alon, no kibutz de Ginossar, onde está exposto à visitação. O barco tem sinais de que foi consertado muitas vezes. Há muitas peças de 12 tipos de madeira diferentes, desde o pinheiro até mesmo o cedro do Líbano, comuns à região.

Yuvi Lufan, um dos irmãos que descobriram o barco na lama declarou que sempre soube que o Mar da Galileia, que seus pais o ensinaram a amar, um dia lhe daria um grande presente. “E deu, um legado trazendo algo especial para o mundo todo.”

O pequeno Museu do Barco da Galiléia ou o Barco de Jesus é imperdível, nele podemos ter uma ideia de como eram as embarcações descritas nos Evangelhos de Jesus.

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