Após quase uma década de escavações na Rua Herodiana junto ao Muro das Lamentações e dezenas de descobertas arqueológicas incríveis, o que foi anunciado hoje desmorona todas as teses islâmicas a respeito de Jerusalém. Este pequeno artefato encontrado no embolso de uma das paredes construídas durante o período do segundo templo junto com os restos das destruição do primeiro templo pelos babilônicos, pode ser minúsculo mas de importância gigantesca.
O Selo do “Ministro da Cidade” – שר העיר – Sar Ha’Ir, outras traduções para esta função em português é Prefeito da Cidade ou Governador da Cidade, a descoberta comprova alguns relatos bíblicos incríveis, uma função administrativa da cidade que era comum no oriente próximo durante o período bíblico, e lança mais uma vez luz na dominação judaica da região por cerca de 900 anos com alguns períodos de interrupção por causa da dominação babilônica e grega.
Esta descoberta arqueológica é rara e muito importante, ela foi feita durante as escavações arqueológicas realizadas pela Autoridade de Antiguidades de Israel na esplanada do Muro Ocidental – Muro das Lamentações, em cooperação com a Fundação do Patrimônio do Muro Ocidental: Um selo do período do Primeiro Templo que pertencia ao “Ministro da Cidade” de Jerusalém – o funcionário municipal mais antigo de Jerusalém há cerca de 2700 anos. Esta função é semelhante a função de prefeito da cidade nos dias de hoje.
A inscrição é uma peça de argila incomum, estampada com um selo e anexada ao fogo. Seu tamanho é de 15 x 13 mm, 2-3 mm de espessura. No topo do selo estão duas figuras voltadas uma para a outra, e na parte inferior está a inscrição na inscrição do Hebraico antigo, do período bíblico. O selo foi mostrado pela primeira vez ao prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, na semana passada, quando visitou o Davidson Center no muro ocidental mas só foi revelado a imprensa hoje.
A impressão do selo, cujo uso é desconhecido, foi descoberta pelo diretor de escavação, Shimon Cohen, durante uma drenagem húmida do solo de um prédio do final do período do Primeiro Templo (séculos 7º-7º AC), os resíduos usados no embolso foram de séculos antes.
De acordo com o Dr. Shlomit Weksler-Bdolach, diretora de escavações na esplanada do Muro Ocidental em nome da Autoridade de Antiguidades de Israel, o selo “pode ter sido anexado ao envio de algo importante e uma espécie “logotipo” ou uma pequena marcação que foi anexada às remessas do ministro da cidade”. O Dr. Weksler-Bdolah acrescenta “É bem possível que um dos edifícios nessa área da escavação fossem realmente o destino das remessas enviadas para o Ministro da Cidade, e a coleção de selos(bulas) que foram encontradas neste edifício no passado reforça esta tese, na área da atual esplanada do Muro Ocidental, apenas cerca de 100 metros a oeste do Monte do Templo. Neste local havia uma área residencial daqueles que ocupavam cargos do alto escalão em Jerusalém nos últimos dias do período bizantino. Dr. Wexler-Bdolah acrescenta que “esta é a primeira vez que tal impressão foi descoberta em uma escavação arqueológica, uma prova arqueológica da existência de um ministro da cidade em Jerusalém há cerca de 2.700 anos.
O Prof. Tali Ornan, da Universidade Hebraica e o Prof. Benjamin Zas, da Universidade de Tel Aviv, investigaram e descreveram o selo:
“Em uma linha de dupla linha, dois homens estão de frente um para o outro, quase uma imagem espelhada do outro. E as mãos voltadas para cima são levantadas, como se estivessem segurando algo, talvez uma lua crescente, cada um vestindo uma peça de vestuário listrada que chegava ao joelho. Na seção abaixo da linha, está escrito, “para o ministro da cidade”, sem separação entre as palavras”. O Prof. Ornan e o Prof. Zas acrescentam que o título de “ministro da cidade” ou “chefe da cidade”, de pendendo da tradução para o português, é conhecido na Bíblia e em outros documentos não-bíblicos, e é dirigido ao monarca da cidade, que é nomeado pelo rei para a posição municipal mais alta.
“Tirou das cidades de Judá todos os sacerdotes, e profanou os altos em que os sacerdotes queimavam incenso desde Geba até Berseba; e derrubou os altos que estavam às portas junto à entrada da porta de Josué, o chefe da cidade, à esquerda daquele que entrava pela porta da cidade.”
2 Reis 23:8 ALMEIDA
“No décimo oitavo ano do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa, ele enviou Safã, filho de Azalias, Maaséias, o governador da cidade, e Joá, filho de Joacaz, o cronista, para repararem a casa do Senhor seu Deus.”
2 Crônicas 34:8 ALMEIDA
“Quando Zebul, o governador da cidade, ouviu as palavras de Gaal, filho de Ebede, acendeu-se em ira.”
Juúzes 9:30 ALMEIDA
“Então disse o rei de Israel: Tomai Micaías, e tornai a levá-lo a Amom, o governador da cidade, e a Joás, filho do rei,”
1 Reis 22:26 ALMEIDA
O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, disse: “É muito emocionante receber Shalom de Jerusalém durante o período do Primeiro Templo, o que mostra que há 2700 anos, Jerusalém era a capital de Israel e ela é uma das cidades mais antigas do mundo, mais de 3000 anos.
Hoje podemos conhecer mais uma longa cadeia de personalidades e líderes que desenvolveram a cidade e a construíram ainda na antiguidade. Temos o privilégio de viver em uma cidade com um passado glorioso e é nossa responsabilidade desenvolver e fortalecer Jerusalém para as gerações futuras, e assim fazemos todos os dias”.
De acordo com o arqueólogo da Autoridade das Antiguidades de Jerusalém, Dr. Yuval Baruch, “A importância excepcional dos achados levou a IAA a concluir que o prédio especial do período do Primeiro Templo, que foi exposto na esplanada do Muro Ocidental, deve ser preservado e desenvolvido como um site para visitação do público em geral”.
Fonte, Vídeo e Foto: Autoridade de Antiguidades de Israel – IAA
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