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Contexto e Escopo da Operação
No dia 9 de setembro de 2025, o Exército de Israel (IDF) realizou um ataque aéreo inédito contra a liderança política do Hamas na capital do Catar, Doha. O alvo foi um complexo residencial onde líderes da organização se reuniam, em uma ação que marca uma escalada sem precedentes tanto no campo militar quanto no diplomático.
A operação foi conduzida com o apoio da Força Aérea de Israel e dos serviços de inteligência, recebendo o codinome “Cúpula do Fogo” (em hebraico Atzeret HaDin, “Dia do Juízo Final”). O ataque envolveu bombas de precisão e drones de reconhecimento, buscando neutralizar figuras-chave do Hamas.
Hamas alega que sobreviveram, mas como sempre, não se pode acreditar nas palavras de um grupo terrorista.
Alvos e Mortes Confirmadas
Entre os líderes presentes no local estavam:
- Khalil al-Hayya, apontado como principal negociador do Hamas em processos de cessar-fogo.
- Khaled Mashal, ex-chefe do Hamas e figura central da ala internacional da organização, cuja morte foi confirmada.
- Outros nomes citados incluem Zaher Jabarin e Muhammad Darwish, entre outros integrantes do alto comando.
Nenhum nome foi confirmado ainda, mas é bem possível que todos eles tenham morrido no ataque. A eliminação de figuras desta envergadura representa um golpe estratégico contra a direção política e diplomática do Hamas.
Testemunhos Visuais em Doha
Moradores relataram fortes explosões seguidas de colunas de fumaça na região de Katara, em Doha. O ataque atingiu um prédio próximo a uma estação de combustíveis, provocando pânico entre residentes. A localização exata levantou preocupações adicionais, já que a área é considerada de grande importância política e diplomática.
Justificativa de Israel
O governo israelense declarou que os alvos eram diretamente responsáveis pelos ataques de 7 de outubro de 2023 e por outras ações terroristas subsequentes. Israel destacou que o ataque foi planejado para minimizar danos colaterais, utilizando armamentos guiados por inteligência avançada.
De acordo com fontes de segurança, a decisão foi aprovada por um gabinete restrito de emergência, o que demonstra o alto nível de sigilo e prioridade estratégica dado à operação.
Reação do Catar
O governo do Catar condenou a ação, classificando-a como:
- “um ataque covarde”
- “uma violação flagrante do direito internacional”
- “um atentado contra a soberania nacional”
Autoridades catarianas também anunciaram a abertura de uma investigação de alto nível, enfatizando que não tolerariam futuras ações semelhantes em seu território.
Implicações Diplomáticas e Estratégicas
- Mediação em risco: O Catar, que tradicionalmente atua como mediador entre Israel e o Hamas, vê sua posição fragilizada.
- Expansão do conflito: A operação amplia o raio de ação de Israel, levando a guerra até o Golfo Pérsico.
- Debate internacional: A comunidade global discute agora os limites legais do uso da força contra organizações terroristas em países terceiros.
Conclusão
A operação de Israel em Doha representa um marco histórico na luta contra o Hamas. Ao atacar diretamente a liderança política da organização em território estrangeiro, Israel demonstra uma nova postura estratégica: ofensiva, preventiva e de longo alcance.
Contudo, o episódio coloca em xeque a estabilidade diplomática do Catar e pode redefinir os rumos da mediação no Oriente Médio. Mais do que uma ação militar, este ataque traz implicações profundas para a geopolítica regional e para os futuros esforços de cessar-fogo.
Fontes:
Reuters | The Guardian | Associated Press | Al Jazeera | Axios | ABC News | Fox News | Jerusalem Post | Kurdistan24 | Aftenposten | Wikipedia