Netanyahu faz importantes declarações em Conferência de Embaixadores em Jerusalém

Netanyahu em Conferência de Embaixadores em Jerusalém: Principais Declarações Sobre 7 de Outubro, Síria e Estado Palestino

Durante a Conferência de Embaixadores e Chefes de Missão do Ministério das Relações Exteriores, realizada em Jerusalém, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apresentou uma série de declarações sobre segurança nacional, política regional e o futuro do Oriente Médio. O evento reuniu diplomatas de diversos países e destacou temas como o ataque de 7 de outubro, negociações na Síria, a questão do Estado palestino e a situação atual em Gaza.


Netanyahu: “Em 7 de outubro sofremos um ataque de segurança, econômico e político”

Netanyahu abriu seu discurso afirmando que Israel está mais forte do que nunca, descrevendo o país como “uma potência regional e global”.
Segundo o premiê, o ataque de 7 de outubro representou um choque multidimensional, afetando não apenas a segurança nacional, mas também a economia e a posição internacional de Israel.

Ele observou que alguns países se posicionaram claramente ao lado de Israel após o ataque, enquanto outros demonstraram ambiguidade política.


Acordo no Sul da Síria: “Esperamos um cessar-fogo, mas estamos protegendo nossos ativos”

Abordando as negociações com a Síria, Netanyahu afirmou:

“Esperamos chegar a um acordo de cessar-fogo no sul da Síria, mas estamos protegendo nossos ativos.”

O primeiro-ministro também mencionou que, no contexto de 7 de outubro, Yahya Sinwar teria agido sem coordenar a ofensiva com outros braços terroristas, destacando a gravidade e a desorganização estratégica da operação envolvendo foguetes, mísseis balísticos e células terroristas.


Netanyahu sobre o Estado Palestino: “Eles tinham um Estado e tentaram destruir Israel”

Diante da presença do chanceler alemão Friedrich Merz, Netanyahu reforçou sua posição em relação a um Estado palestino.

Ele afirmou:

“O objetivo de estabelecer um Estado palestino é destruir o Estado judeu. Eles tinham um Estado em Gaza e tentaram destruir Israel a partir dele.”

Essa declaração, repetida em diversos fóruns internacionais, reforça a narrativa israelense de que a retirada de 2005 e a ascensão do Hamas levaram a um aumento das ameaças terroristas.


Líder do Hamas: “Estamos prontos para discutir armazenamento de armas”

Em entrevista à Associated Press, o líder do Hamas, Bassem Naim, declarou que a organização estaria disposta a negociar o “congelamento ou armazenamento” de seu arsenal militar.

Segundo Naim, o ataque de 7 de outubro foi uma “ação defensiva”, apesar da condenação internacional. Ele afirmou que o Hamas mantém o “direito de resistir”, mas estaria preparado para entregar as armas como parte de um processo político que resultasse na criação de um Estado palestino.


Chefe do Estado-Maior em Gaza: “A Linha Amarela é uma nova linha de fronteira”

O Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Tenente-General Eyal Zamir, visitou a Faixa de Gaza com o Comandante do Comando Sul, General Yaniv Asor.

Durante o encontro com reservistas, Zamir destacou:

  • A Linha Amarela será tratada como uma nova linha de fronteira.
  • Ela servirá simultaneamente como linha de defesa dos assentamentos e linha de ataque.
  • As IDF estão se preparando para um cenário de guerra surpresa, considerado um dos pilares do plano plurianual do Exército.

Apesar da segunda fase do acordo de cessar-fogo exigir a retirada das IDF da Linha Amarela, Zamir deixou claro que a preparação para novos conflitos permanece ativa.


Netanyahu: “Não me aposentarei da política, mesmo se receber indulto”

Respondendo a jornalistas, Netanyahu declarou que não planeja deixar a vida política, mesmo que receba um possível indulto do presidente Isaac Herzog referente aos processos contra ele.

O primeiro-ministro comentou ainda, dirigindo-se ao chanceler alemão:

“Eles estão preocupados com o meu futuro.”


Chanceler Alemão: “Estado palestino? Ainda é cedo demais”

O chanceler Friedrich Merz respondeu a perguntas sobre o reconhecimento de um Estado palestino, afirmando que:

  • A segunda fase do plano de paz depende do desarmamento completo do Hamas.
  • A Autoridade Palestina diz estar pronta para reformas, mas “nenhuma ação concreta foi vista até agora”.
  • A Alemanha não reconhece um Estado palestino porque “as condições ainda não existem”.

Segundo Merz:

“É cedo demais para tomar decisões. É essencial garantir a segurança de Israel. Os palestinos terão que decidir o caminho que desejam seguir.”

Deixe um comentário