A Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém

A Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém

Em 313, o imperador bizantino Constantino decretou o Édito de Tolerância para com os cristãos (ou Édito de Milão), que implicou com o fim das perseguições. Em 326, sua mãe Helena visitou Jerusalém com o objectivo de procurar os locais sagrados dos últimos dias de Jesus. Em Jerusalém, ela identificou o local da crucificação (o rochedo chamado Gólgota) e a tumba próxima conhecida como Anastasis (“ressurreição”, em grego). O imperador decidiu então construir um santuário apropriado no local, a Igreja do Santo Sepulcro, no lugar do templo em que Adriano havia dedicado a Vénus. Os arquitetos não se inspiraram nas estruturas religiosas pagãs, mas na basílica, um edifício que entre os romanos que servia como local de encontro, de comércio e de administração da justiça.

Uma História Simplesmente Incrível

A História do Santo Sepulcro em Jerusalém se confunde com a história da própria Cidade Santa e do Cristianismo…

Na sequência da destruição de Jerusalém em 70 EC., o imperador romano Adriano visitou a cidade em 129 – 130 e ordenou a sua reconstrução da cidade no modelo de uma cidade pagã, chamando-a de Haelia Capitolina, o imperador ordenou que o local identificado com a sepultura de Jesus seja coberto com terra e que nele fosse construído um templo dedicado a Vénus.

Em 313, o imperador bizantino Constantino decretou o Édito de Tolerância para com os cristãos (ou Édito de Milão), que implicou com o fim das perseguições. Em 326, sua mãe Helena visitou Jerusalém com o objectivo de procurar os locais sagrados dos últimos dias de Jesus. Em Jerusalém, ela identificou o local da crucificação (o rochedo chamado Gólgota) e a tumba próxima conhecida como Anastasis (“ressurreição”, em grego). O imperador decidiu então construir um santuário apropriado no local, a Igreja do Santo Sepulcro, no lugar do templo em que Adriano havia dedicado a Vénus. Os arquitetos não se inspiraram nas estruturas religiosas pagãs, mas na basílica, um edifício que entre os romanos que servia como local de encontro, de comércio e de administração da justiça.

Em 614, a igreja de Constantino foi gravemente danificada durante um incêndio ocorrido durante uma invasão dos persas sassânidas que roubaram os tesouros da igreja, restando apenas alguns restos escassos dela. A basílica foi reconstruída pelos bizantinos durante a reconquista da cidade pelo imperador Heráclio.

Em 638, a cidade de Jerusalém, assim como toda a região passou para as mãos dos muçulmanos. Os primeiros líderes muçulmanos de Jerusalém revelaram-se tolerantes para com o cristianismo. Em 966, as portas e o telhado da igreja foram queimados durante um motim. Em 1009, o califa fatímida Al-Hakim ordenou a destruição de todas as igrejas de Jerusalém, incluindo o Santo Sepulcro, sendo que somente os pilares da igreja, que eram da época de Constantino, sobreviveram à destruição (veja destruição do Santo Sepulcro). A notícia da sua destruição foi um dos factores que impulssionaram a origem das Cruzadas.

Em vastas negociações entre os fatímidas e o Império Bizantino entre 1027 e 1028, foi feito um acordo pelo qual o novo califa Ali az-Zahir (filho de Al-Hakim) concordou em permitir a reconstrução e redecoração da Igreja. A reconstrução foi finalmente concluída com o financiamento da despesa feita pelo imperador Constantino IX junto com Monômaco e Nicéforo, patriarcas de Jerusalém, em 1048. Em 1099, os cruzados conquistaram Jerusalém e tomaram posse dessa igreja que, no seu essencial, é a que existe atualmente. A nova igreja foi consagrada em 1149. Debaixo da igreja encontra-se a cripta de Santa Helena, local onde a mãe de Constantino afirmou ter encontrado a verdadeira cruz na qual Jesus Cristo teria sido crucificado.

Com o regresso de Jerusalém ao domínio islâmico em 1187, Saladino proibiu a destruição de qualquer edifício religioso associado ao cristianismo. No século XIV, o local começou a ser administrado por monges católicos e por monges ortodoxos gregos. Outras comunidades pediam também a possibilidade de gerir o local (coptas egípcios e coptas sírios)

No século XVIII, procedeu-se à reparação da cúpula da Igreja do Santo Sepulcro. Em 1808, um incêndio danificou o local e a restauração iniciou-se em 1810. Novos reformas foram feitas entre 1863 e 1868.

Em 1927, um abalo sísmico em Jerusalém causou graves estragos à estrutura do templo, nos anos 60 foram feitos estudos arqueológicos na basilíca e os arqueólogos encontraram na crípta de trás uma câmara com sete sepulcros do periodo do primeiro século da era cristã, os arqueólogos acreditam que esta pode ser a câmara de sepulcros da familia de José de Arimatéia, infelizmente nos dias de hoje as chaves do local está nas mãos de muçulmanos devido a falta de unidade entre as igrejas que disputam o local.[

Video exclusivo da Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém

Mapa da localização da Igreja do Santo Sepulcro