Hamas sacrificou Gaza

Na “Nakba” (“desastre”) de 1948, como parte da Guerra da Independência, quase 700 mil árabes que mais tarde se tornariam palestinos abandonaram as suas casas. Tornaram-se refugiados em muitos países árabes, na Cisjordânia e, claro, na Faixa de Gaza.

Alguns dos maiores campos de refugiados então criados existem na Faixa de Gaza até hoje, como uma cicatriz que se recusa a desaparecer e lembra o desastre e o que é percebido como uma “ocupação” israelita. Os palestinos em Gaza enfrentam atualmente uma nova Nakba, de 2023. Tudo isso, de A a Z, é feito pelo Hamas.

A extraordinária vitória militar do Hamas em 7 de Outubro de 2023 pode trazer não só o fim do domínio da Irmandade Muçulmana na Faixa, mas também um grave desastre humanitário para a população de Gaza. Mesmo antes do início do ataque terrestre israelita, a ONU relatou cerca de meio milhão de palestinianos a fugir das suas casas, uma enorme destruição e, claro, um elevado número de vítimas – mais de 2.200 mortos e milhares de feridos. Mesmo quando esta guerra terminar, é duvidoso se as centenas de milhares de novos refugiados terão para onde ir.

O Hamas não está interessado nisso. A organização que sacrificou a Faixa pelas suas conquistas militares recusa-se a ficar impressionada ou Deus nos livre de parar de lutar. Ele até dificulta a evacuação dos residentes do norte da Faixa de Gaza para o sul, e afirma repetidamente que Israel está a bombardear comboios de refugiados, embora não haja cobertura para isso. O Hamas também destaca os ataques israelitas no sul da Faixa de Gaza para deixar claro que a viagem para sul não fornece um certificado de seguro contra danos, pelo contrário.

Fonte: YnetNews, Imagens – Twitter X da IDF