No dia 28 de agosto de 2025, Israel lançou um novo ataque aéreo contra alvos dos Houthis em Sanaa, capital do Iêmen, configurando a segunda ofensiva contra a cidade em menos de uma semana.
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Contexto e motivos
A operação foi conduzida enquanto o líder Houthi, Abdul-Malik al-Houthi, transmitia seu discurso semanal, aproveitando-se da concentração de figuras-chave do grupo. Fontes de segurança israelenses destacaram que o ataque foi planejado para atingir “um grande número de líderes” reunidos em um mesmo local.
Apesar desta narrativa, o Exército israelense afirmou ter atingido apenas um alvo militar específico, sem fornecer maiores detalhes sobre danos ou baixas no núcleo de liderança Houthi.
Em Sanaa, moradores relataram uma explosão incomum, sentindo o impacto como se “veio debaixo da terra”, estimando que 10 mísseis foram disparados em menos de cinco minutos.
Repercussão internacional
- Agências como a Reuters relataram que o ataque atingiu áreas próximas ao complexo presidencial e instalações militares, incluindo operações e depósitos de mísseis, embora o comando israelense tenha mantido a versão de um único objetivo atingido.
- O AP News mencionou que os bombardeios atingiram partes densamente povoadas no sul e oeste de Sanaa, sem informar vítimas imediatas. Destacou também que os ataques ocorrem após o foi interceptado um drone lançado do Iêmen.
Histórico recente de hostilidades
Este episódio se integra a um padrão de escalada militar entre Israel e os Houthis desde dezembro de 2024:
- Em 24 de agosto de 2025, um ataque anterior causou mortes e ferimentos, atingindo instalações militares, usinas de energia e depósitos de combustível, numa resposta ao lançamento de um míssil balístico com submunições contra Israel.
- Em 6 de maio de 2025, a Força Aérea de Israel bombardeou o Aeroporto Internacional de Sanaa, destruindo instalações completas, como parte de uma série de ataques iniciados após mísseis houthis terem aterrissado próximos a Tel Aviv.
Implicações e panorama geral
- O ataque de 28 de agosto reflete a estratégia israelense de impedir coordenação entre líderes houthis, especialmente durante transmissões ao vivo, visando neutralizar a cadeia de comando e enviar uma mensagem de dissuasão.
- Para os Houthis, os bombardeios são uma reafirmação de sua solidariedade com os palestinos, especialmente no contexto da guerra em Gaza, o que tem motivado ataques a navios no Mar Vermelho e ações militares contra Israel.
- A resposta israelense crescente também evidencia relações tensas com o Irã, que apoia os Houthis, e aprofunda a instabilidade regional, incluindo desafios à segurança marítima e conflitos indiretos entre aliados.
Fonte: YnetNews, AP News, Reuters, IsraelHayom