A tentativa americana de influenciar a política interna de Israel nunca cessou. Desta vez, sob o governo Biden ela está mostrando ainda mais as suas garras. Thomas Friedman, comentarista político sênior da mídia americana e próximo ao governo Biden publicou uma coluna inédita em sua dureza contra as mudanças no sistema judicial e afirmou que os Estados Unidos já estão “reconsiderando” a relação com Israel.
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Em uma coluna intitulada “Uma reavaliação das relações com Israel já começou”, Friedman acusa o primeiro-ministro Netanyahu e seu governo de extremismo e afirma que Netanyahu “não se importa em prejudicar as relações com os Estados Unidos e está disposto a arriscar uma guerra civil dentro de Israel”.
A administração Biden vê o governo de extrema direita em Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, como engajado em um comportamento extremo inescrupuloso – sob o pretexto de uma reforma legal – que mina nossos interesses compartilhados com Israel, nossos valores compartilhados”, escreveu Friedman.
Friedman refere-se ao ataque de MK Itamar Ben Gabir ao presidente Biden e sua declaração de que “Israel não é mais uma estrela na bandeira americana”. “Legal, hein? De acordo com uma pesquisa do Congresso de 2020, Israel recebeu o maior apoio americano de qualquer país desde a Segunda Guerra Mundial, com 146 bilhões de dólares. Este é um dinheiro de bolso sério e que deveria inspirar um pouco mais de respeito por o presidente de Ben Gabir, cujo jovem foi condenado por incitação ao racismo contra os árabes”.
Essas coisas acontecem após uma entrevista incomum do presidente Biden à rede de notícias CNN, durante a qual o presidente disse que “Netanyahu tem alguns dos membros do governo mais extremistas que já vi, e volto no tempo para Golda Meir. Smotrich e Ben Gvir são parte do problema na Cisjordânia.”
Fonte: YnetNews e IsraelHayom