O Muro das Lamentações ou o Muro Ocidental

Quem vai a Israel ou Jerusalém e nunca visitou o Muro das Lamentações na realidade nunca experimentou visitar o local mais sagrado do Mundo para o Povo de Israel. Em sua direção, milhões de judeus fizeram a oração lendária: “No Ano Que Vem Em Jerusalém”. Apresentamos aqui este documentário para revelar a você a importância deste local não somente para o Povo de Israel, mas para toda a Humanidade.

Introdução

Preces no KOTEL

Preces no KOTEL

O Muro das Lamentações, ou Muro Ocidental, (Kotel HaMa’aravi הכותל המערבי em hebraico), é o local mais sagrado do judaísmo.

Trata-se do único vestígio da esplanada do antigo templo de Herodes, erigido por Herodes o Grande no lugar do Primeiro Templo de Jerusalém inicial que foi destruído por Tito no ano de 70.

Muitos judeus fieis visitam o Muro das Lamentações para orar e depositar seus desejos por escrito, além de milhares de cristãos evangélicos também.

Antes da sua reabilitação por Israel, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local servia de depósito para incineração de lixo pelos árabes que viviam na região.

Os restos que hoje existem datam da época de Herodes o Grande, que mandou construir grandes muros de contenção em redor do Monte Moriá, ampliando a pequena esplanada sobre a qual foram edificados o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, formando o que hoje se designa como a Esplanada do Templo.

Hoje, o Kotel Hamaaravi é considerado o local central da fé judaica e sua relação com a Terra de Israel, em especial com Sião, ou seja a Cidade Santa de Jerusalém.

O Muro das Lamentações têm atualmente 19 metros que podem ser vistos, na parte inferior estão as pedras maiores, todas com uma moldura entalhada que demonstra que a construção foi ordenada por Herodes o Grande, este tipo de construção é único e todos os especialistas reconhecem isto como uma espécie de selo herodiano.

As pedras de tamanho médio que pode ser vistas na região do meio da muralha foram colocadas ali durante o período da dinastia Ommayida, durante a dominação árabe, e foi posto para conter os destroços da destruição feita pelos romanos durante a revolta judaica no ano 70 DC.

Na parte superior podem ser vistas pedras menores, estas foram acrescentadas durante o período do império otomano para suprir o local das outras pedras que caíram ao longo do tempo e afim de construir os arcos que ficam do outro lado do Muro.

Divisão e Sinagogas no Muro das Lamentações

O Muro Ocidental - Muro das Lamentações ( KOTEL )

O Muro Ocidental – Muro das Lamentações ( KOTEL )

O Muro das Lamentações é dividido em duas alas, a da direita e menor é destinada as mulheres, que só podem entrar nela com os ombros cobertos devido a exigência mínima de santificação exigida pelo judaísmo ortodoxo.

A ala da esquerda está destinada aos homens e é ela quem abriga o maior número de visitantes, tanto de judeus, israelenses quanto estrangeiros. Nesta ala somente é permitida a entrada de homens e crianças, mesmo meninas podem entrar antes da idade de 12 anos.

Existem ainda no Muro das Lamentações duas sinagogas, uma menor na ala feminina, somente para mulheres e uma maior na ala masculina, somente para os homens. Na sinagoga na ala masculina se encontra o que pode ser considerada talvez a maior sinagoga pais, fora a sinagoga central de Jerusalém que está na rua King George, junto ao Rabinato Central.

Dentro das sinagogas podem ser vistos as continuidades do Muro das Lamentações que são parte do Muro Ocidental que se estende por cerca de 500 metros de extensão de norte a sul do Monte do Templo em sua parede ocidental.

Alum das suas sinagogas acima, na sinagoga maior, no lado esquerdo, se encontra também uma gizar nashim, ou seja, um segundo andar destinado as mulheres.

Dentro da sinagoga pode-se ver através de pisos de vidro a profundidade do Muro das Lamentações e outros detalhes arqueológicos e arquitetônicos de extrema importância, entre eles está o Arco de Wilson, um grande arco no final da sinagoga que dava suporte a rampa de acesso dos sacerdotes para dentro do Monte do Templo, ligando a cidade alta por cima da rua herodiana. Os arqueólogos também consideram-na parte da indústria da construção de Herodes o Grande.

 

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Bases Bíblicas Para Oração no Muro das Lamentações ou em Direção ao Muro

Existem dois textos básicos que servem de base bíblica para que não somente judeus, mas todos os crentes gentios orem em direção ao Muro das Lamentações não somente quando estão em Israel, mas também de todas as partes do Mundo.

Já era um hábito comum dos Hebreus orarem em direção ao local da presença de Adonai mesmo antes de haver o Templo de Jerusalém

E tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação. E aconteceu que todo aquele que buscava o Senhor saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial.
E acontecia que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta da sua tenda; e olhava para Moisés pelas costas, até ele entrar na tenda.
E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés.
E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantava e cada um, à porta da sua tenda, adorava.
Êxodo 33:7-10

Pedido Feito Por Salomão Durante a Dedicação do Templo

Quando também o teu povo Israel for ferido diante do inimigo, por ter pecado contra ti, e eles se converterem, e confessarem o teu nome, e orarem e suplicarem perante ti nesta casa,
Então, ouve tu desde os céus, e perdoa os pecados do teu povo Israel; e torna a levá-los à terra que lhes tens dado e a seus pais.
Quando os céus se fecharem, e não houver chuva, por terem pecado contra ti, e orarem neste lugar, e confessarem teu nome, e se converterem dos seus pecados, quando tu os afligires,
Então, ouve tu desde os céus, e perdoa o pecado de teus servos, e do teu povo Israel, ensinando-lhes o bom caminho, em que andem; e dá chuva sobre a tua terra, que deste ao teu povo em herança.
Quando houver fome na terra, quando houver peste, quando houver queima de seara, ou ferrugem, gafanhotos, ou lagarta, cercando-a algum dos seus inimigos nas terras das suas portas, ou quando houver qualquer praga, ou qualquer enfermidade,
Toda a oração, e toda a súplica, que qualquer homem fizer, ou todo o teu povo Israel, conhecendo cada um a sua praga, e a sua dor, e estendendo as suas mãos para esta casa,
Então, ouve tu desde os céus, do assento da tua habitação, e perdoa, e dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, segundo conheces o seu coração (pois só tu conheces o coração dos filhos dos homens),
A fim de que te temam, para andarem nos teus caminhos, todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais.
Assim também ao estrangeiro, que não for do teu povo Israel, quando vier de terras remotas por amor do teu grande nome, e da tua poderosa mão, e do teu braço estendido, vindo eles e orando nesta casa;
Então, ouve tu desde os céus, do assento da tua habitação, e faze conforme a tudo o que o estrangeiro te suplicar; a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, e te temam, como o teu povo Israel; e a fim de saberem que pelo teu nome é chamada esta casa que edifiquei.
Quando o teu povo sair à guerra contra os seus inimigos, pelo caminho que os enviares, e orarem a ti para o lado desta cidade que escolheste, e desta casa, que edifiquei ao teu nome,
Ouve, então, desde os céus a sua oração, e a sua súplica, e faze-lhes justiça.
Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares diante do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro para alguma terra, remota ou vizinha,
E na terra, para onde forem levados em cativeiro, caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro, a ti suplicarem, dizendo: Pecamos, perversamente procedemos e impiamente agimos;
E se converterem a ti com todo o seu coração e com toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os levaram presos, e orarem para o lado da sua terra, que deste a seus pais, e para esta cidade que escolheste, e para esta casa que edifiquei ao teu nome,
Ouve, então, desde os céus, do assento da tua habitação, a sua oração e as suas súplicas, e executa o seu direito; e perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti.
Agora, pois, ó meu Deus, estejam os teus olhos abertos, e os teus ouvidos atentos à oração deste lugar.
2 Crônicas 6:24-40

 

Descoberto Cinzel do Muro das Lamentações

Cinzel Utilizado Para Entalhar as Pedras do TemploMais um descoberta interessante em Jerusalém. Esta é a primeira evidência arqueológica das obras de construção que foram realizadas ao pé do muro ocidental do Monte do Templo. O cinzel dos construtores foi usado pelos pedreiros que construíram a estrutura monumental do templo, no tempo do Rei Herodes o Grande.

O cinzel, medindo cerca de 15 cm, foi achado nas escavações escavações da fundação do ano passado, na parte inferior do Muro das Lamentações, junto ao Arco de Robinson”, localizado ao sul da área do Muro das Lamentações. As escavação foram realizadas abaixo do nível da rua principal de Jerusalém durante o Segundo Templo, e em uma profundidade de cerca de 5 a 6 metros abaixo do nível da rua .

O instrumento de entalhar feito de ferro foi descoberto pouco antes de uma parede de pedra debaixo dos resíduos das pedras. Os resíduos das pedras do muro caíam enquanto se entalhava as pedras para a aparência final – elaboradas com margens perfeitas no estilo Herodiano. A cabeça do cinzel(ponteiro) foi feito em forma de um “cogumelo” que foi criada como resultado de pancadas do grande martelo sobre o cinzel enquanto ia sendo entalhado o muro de pedra. Ele caiu, aparentemente de um dos construtores do tempo que estava trabalhando no corte de pedra não se preocupou em sair do alto andaime para recuperá-lo.

A altura das paredes e a profundidade que pode caiu o ponteiro você pode aprender com o historiador Flávio Josefo no seu livro Guerra Judaica. Na descrição do Monte do Templo Josefo escreve que “onde muros de contenção foram construídos a partir da maior profundidade alcançada a altura de trezentos côvados, e em alguns lugares ainda maiores do que esta altura”. Trezentos côvados são cerca de 68 metros de altura, ou seja, algo em torno de 22 andares deste o topo até as bases da contrução.

O cinzel foi descoberto pelo arqueólogo Eli Shukrun que liderou a escavação em nome da Autoridade de Antiguidades de Israel. Ele disse ponteiro é datado para o momento em que a parede foi construida. Ele observou que esta é a primeira vez em 2.000 anos em que de pode tocar nos instrumentos utilizados pelos construtores Muro das Lamentações.

“Nós cuidamos das rochas. Elas são sagradas. Tocá-los, beijá-los e colocar neles nossos pedidos. Hoje, pela primeira vez, podemos tocar nos instrumentos que estes trabalhadores tinham utilizado para esculpí-lo e com o qual haviam construído este muro. Até agora ninguém encontrou uma ferramenta que pode ser atribuída aos trabalhadores que construíram estas pedras. significa, portanto, que encontrar esta ferramenta têm uma grande importância histórica e científica.

Segundo Eli Shukrun, esta é também a primeira vez depois de mais de um século de pesquisas arqueológicas ao redor do Monte do Templo, que é achada uma ferramenta de construtores. Ele nunca tinha encontrado as ferramentas de pedreiros que construíram as paredes do Muro das Lamentações. Josefo diz que Herodes teria contratado e treinado dez mil trabalhadores para construir o templo, o edifício mais luxuoso da época. Ele também diz que durante o período de Agrippa II, o bisneto de Herodes o Grande, 18 mil trabalhadores ficaram desempregados após o trabalho de construção ter terminado. Esta era uma área de trabalho, e pela primeira vez temos prova disso.

 

Descoberta pedreira do Templo de Jerusalém

Segundo a agência EFE, arqueólogos encontram na Jerusalém Ocidental a pedreira do Segundo Templo de Jerusalém construído pelo rei Herodes.

Os especialistas israelenses acreditam ter descoberto a pedreira da foram extraídos qual há 2 mil anos os blocos de pedras usados na construção das muralhas na época do Segundo Templo de Jerusalém, muitas delas ainda estão nas bases do Muro das Lamentações nos dias de hoje.

“Sempre nos perguntávamos de onde foram extraídas as grandes pedras dessa titânica obra de arquitetura, algumas com mais de 10 metros de comprimento, e há dois meses descobrimos esta pedreira em uma inspeção de rotina”, explicou o chefe da Direção de Antiguidades no distrito de Jerusalém, o arqueólogo Yuval Baruch. “Os vestígios encontrados, como cerâmicas e moedas, testemunham que esta pedreira foi explorada na época do rei Herodes, o Grande”, acrescentou.

Herodes, de origem iduméia, reinou na Judéia entre 40 a.C. e 4 d.C. e, para ser aceito pelos judeus, expandiu e reformou o Templo de Jerusalém até dimensões sem precedentes na região, entre outros projetos de engenharia que importou de Roma.

Do templo resta hoje apenas o Muro das Lamentações, local mais sagrado para o judaísmo, e em seus alicerces, em áreas escavadas sob o nível do solo, ainda podem ser vistos os imensos blocos de pedra.

“Estes grandes blocos, na maioria com mais de sete, oito e nove metros, e que pesavam mais de 5 toneladas, não foram usados em nenhuma outra construção, por isso deduzimos que seu destino era o templo”, afirmou o arqueólogo Ehud Nesher.

Além disso, para sua mudança era necessária uma infra-estrutura que só estava ao alcance de alguém como o rei, ou os romanos que governavam a Judéia.

Acreditava-se até agora que a pedreira da qual se construiu o templo bíblico estava perto ou dentro da Cidade Antiga, como nas proximidades da Fortaleza Antônia. E o que mais surpreende os arqueólogos é a distância de quatro ou cinco quilômetros entre a pedreira, hoje dentro de um novo bairro ultra-ortodoxo de Jerusalém, e o santuário dos israelitas.

“Os construtores de Herodes não buscaram qualquer pedra para levantar o templo, e sim uma que hoje é conhecida como ‘malake’ (rainha, em árabe), que era famosa por sua grande resistência e bela cor branca”, explicou Baruch.

A pedra é tão branca que, por estar polida, conseguiu confundir até o meticuloso e conhecido historiador Flávio Josefo, que escreveu que o Templo de Jerusalém era feito de mármore.

A pedreira, de meio hectare, também permitiu a descoberta das técnicas de extração de pedras usadas naquela época. “Primeiro, vários operários escavavam uma canaleta ou fundação de até 30 centímetros de largura por 1,30 metro de profundidade, e depois soltavam o bloco com certeiros golpes de cinzéis”, disse Nesher.

Um desses cinzéis de ferro, pesando mais de quatro quilos, foi encontrado pelos arqueólogos na fissura entre duas pedras. A descoberta ocorreu porque “um operário cometeu um erro ao cravar o cinzel na rocha”, segundo o arqueólogo.

“O cinzel devia entrar entre duas lingüetas com forma de cunha que eram colocadas em sentido inverso, mas ele as cravou ao contrário, e as três ferramentas ficaram cravadas na rocha até dois meses atrás”, afirmou.

Esses cinzéis, de dez centímetros de comprimento, geravam, ao serem golpeados, uma força equivalente a cinco toneladas, o que fazia com que a base do bloco se quebrasse.

O bloco de pedra depois era levantado a alguns centímetros do solo com um simples sistema de alavanca, colocado sobre madeiras e rodado até o local da obra. Nesher acredita que a pedreira foi explorada por não mais de 20 anos, após os quais foi esquecida e coberta pela erosão de séculos.

Segundo os arqueólogos, os grandes blocos de pedra, “por sua dimensão e resistência, contribuíram para preservar a estabilidade das estruturas durante milhares de anos”.

Publicado Originalmente pela EFE.

 

Israel Expandirá o Muro das Lamentações

O ex-parlamentar e líder atual da Agência Judaica, Natan Sharansky lançou uma proposta afim de apaziguar os ânimos das diversas ramificações judaicas em relação ao Muro das Lamentações. Segundo sua proposta, o atual acesso ao Muro das Lamentações será dobrado para o público em geral.

Nos últimos anos, a maior parte do conhecido Muro Ocidental estava localizado dentro do Parque Arqueológico Davidson, e somente pessoas que pagassem para entrar no parque poderiam fazer suas orações em uma pequena área junto aos escombros arqueológicos do parque.

Devido ao constante conflito entre as muitas ramificações do judaísmo contra a “exclusividade” do culto ortodoxo no Kotel, e a persistência por mais de dez anos de um grupo de mulheres que desejavam rezar com a cabeça coberta de Tallit, o manto judaico de oração, a briga entre os ortodoxos, os tradicionais e os reformistas estava cada vez mais radical.

A ideia de Natan Sharansky é que o governo de Israel faça uma reforma e melhorias para o acesso do público em geral para a parte sul do Muro das Lamentações, a região próxima ao chamado “Arco de Robinson”, se assim for, a região de orações passará a ter o dobro do tamanho, sendo que a parte que hoje está sob administração ortodoxa continuará da mesma forma, e a segunda parte ser tornará livre para todo tipo de manifestação religiosa, cada um segundo sua ramificação espiritual. Ainda sim, ambos os locais ficam completamente sobre a supervisão e a segurança do Estado de Israel.

Segundo Natan Sharansky o custo da pavimentação e estruturação do local deverá ser de pelo menos 25 milhões de dólares, mas por outro lado, deverá descongestionar a atual explanada do Muro das Lamentações.

 

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