Não, este não é um cliche, mas sim um fato que mesmo que tentemos negar, nada vai mudar de que pela primeira vez, em 48 anos, ambos os países, Israel e Emirados, estão atando novamente relações após dezenas de anos de hibernação política, cultural e econômica.
Uma das coisas mais interessantes que pouco se sabe, é o fato de que já existe uma pequena comunidade judaica nos Emirados Árabes Unidos.
Há apenas uma sinagoga conhecida, em Dubai, que está aberta desde 2008. A sinagoga também recebe visitantes. Em 2019, de acordo com o Rabino Marc Schneier, estima-se que haviam cerca de 150 famílias para um total de 3.000 judeus que viviam e frequentavam-na livremente nos Emirados Árabes Unidos.
Onde há dinheiro, há judeus. A grande maioria dos judeus que vivem nos emirados, são dos Estados Unidos, e eles são parte da comunidade de trabalhadores especializados que fazem a máquina econômica do país, render ainda mais. Todos nós sabemos que os judeus são os melhores em administração e em finanças, quase que desde sempre, e com certeza, os Emirados Árabes precisavam deste profissionais capacitados, que chegaram ali nas últimas décadas com passaporte americano.
Índice
Jared Kushner
Jared Kushner é sem dúvida alguma a figura mais importante e mais influenciadora no cenário atual das negociações e acordos que estão sendo aplicados entre os dois países, e como já disse antes, ele é o “principe herdeiro” de um império econômico que não se baseia somente no que recebeu de sua família, mas construiu seu próprio mérito.
Os laços entre Israel e os Emirados Árabes Unidos foram se aquecendo lentamente. Israel tem uma missão permanente na Agência Internacional de Energia Renovável com sede em Abu Dhabi desde 2014. De acordo com o USA Today (artigo de 2010), os estados árabes estão aumentando as relações com Israel e os judeus americanos em um esforço para minar a crescente influência do Irã, conter a violência no Iraque e no Líbano e pressionar por uma solução com os palestinos.
A ex-secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse que o acordo de paz entre israelenses e palestinos enfraqueceria facções militantes como o Hamas e o Hezbollah. De acordo com o artigo, os contatos dos estados árabes com israelenses e judeus americanos datam de mais de uma década, mas nunca foram públicos.
Desde 2017, os Emirados Árabes Unidos, juntamente com seus aliados do Conselho de Cooperação do Golfo, formaram laços de coordenação mais fortes com Israel, em seu impasse mútuo contra a República Islâmica do Irã.
Em 13 de agosto de 2020, Israel e os Emirados Árabes Unidos anunciaram o início da normalização das relações entre os dois países, começando com uma reunião para a assinatura de acordos bilaterais em áreas como energia, turismo, voos diretos, investimentos, segurança, comunicação e tecnologia que começaram a ser assinados ontem em Abu Dhabi.
Jared Kushner tem se mostrado bastante eficaz não somente em descobrir oportunidades para conectar interesses em comum, mas também para crescer politicamente como intermediário competente entre judeus e árabes. Se próximo passo será tentar agregar mais estados árabes na normalização com Israel e por fim, forçar os palestinos a assinarem um acordo de paz com o Estado de Israel, um acordo incondicional, não baseado nos caprichos árabes, mas sim no desejo real de paz.
Será este o acordo do Anti-Cristo?
Muito se tem falado na mídia mundial sobre este acordo de paz, e sobre o acordo de paz entre Israel e árabes palestinos como sendo um possível sinal de que o tempo do fim é chegado e o anti-cristo se manifestará. Não quero parecer céptico, mas o fato é que não podemos fazer tal afirmação.
Há somente uma variável que diz que este acordo entre judeus e seus inimigos é diferente de todos os outros anteriores, e esta é o fato da existência do Estado de Israel. Porém é importante salientar, que ao longo da história, houveram muitos acordos entre os judeus, na Terra de Israel, prometendo a paz e os direitos deles sobre a terra e a religião. Veja abaixo somente um deles.
Acordo entre Judeus e Persas
Após os persas terem conquistado Jerusalém junto com a revolta judaica contra os bizantinos, os persas deportaram todos os cristãos para a pérsia. Os judeus ganharam autonomia em Jerusalém, até em 617, quando os persas traíram os acordos e retiraram suas forças da região.
Com o retorno dos bizantinos em 628, o imperador bizantino Heráclio prometeu restaurar os direitos dos judeus e recebeu ajuda judaica para expulsar os persas que haviam restado, com a ajuda do líder judeu Benjamin de Tiberíades.
Heráclio mais tarde renegou o acordo após reconquistar a região ao emitir um edito proibindo o judaísmo no Império Bizantino e milhares de refugiados judeus fugiram para o Egito, após massacres cometidos por bizantinos e gassânidas na Galiléia e Jerusalém. Os cristãos coptas (egípcios) assumiram a responsabilidade por essa promessa quebrada e ainda jejuam até o dia de hoje em penitência. Foi neste período que que Nehemia Ben-Hushiel foi comissionado governador de Jerusalém e começou os preparos para formar os turnos de sacerdotes e a construção do terceiro templo. Um acordo de última hora entre os persas e os cristãos levou ao embargo da obra e ao massacre de milhares de judeus.
Tempo de Paz e Tempo de Guerra
Ao longo da história sempre houve tempo de paz e tempo de guerra, a região vem sangrando ao longo de quase cem anos, e tudo indica que o tempo de paz está chegando, mas precisamos levar em consideração alguns fatos muito importantes.
Em primeiro lugar, o mundo normalmente está em tempo de guerra e menos em tempo de paz. O que isso quer dizer? Isto quer dizer que se analisamos a continuidade histórica, a guerra era até a metade do século XX, a regra e não a exceção, após a Segunda Guerra Mundial, parece que estamos aprendendo que a vida é muito mais importante do que a morte, e as nações tem valorizado a paz mais que a guerra.
Após tantas guerras entre israelenses e árabes, tudo indica que estamos chegando a um ponto em que os desafios do futuro são as verdadeiras guerras que devemos travar, como o imperialismo iraniano, a escassez de água e alimentos, o desenvolvimento tecnológico, as pandemias, e até mesmo o terrorismo internacional.
Não devemos pensar que a vida deve parar em torno do medo de uma volta iminente do Mashiach, devemos sim, nos aproximar dos reais valores bíblicos, a adoração ao único e Eterno Deus, dedicação a uma vida espiritual de qualidade, que nos leve a prática da misericórdia e de ações de graças, pois contra estas coisas não há força nenhuma no mundo que pode vencê-las. O dia e a hora ninguém sabe, viva o seu dia, e sua hora ao máximo, amando e sendo solidário com o próximo. Confiantes de que ELE é soberano e tem tudo sobre controle.
Desde Sião,
Miguel Nicolaevsky, Israel
Foto: The National Magazine of UAE
Shalom…nao sabia q persas e cristsos(nao judeus) impediram a construção do 3○ templo e mataram mtos judeus….Apc 11;1,2 Yeshua fala do 3○ templo e q os gentios ficarão no átrio extetior do templo…os q quer destroir pisar Israel..Zacarias 14;11-14 Drus fala q enviara pragas e tumores spodrecera ate suas linguas..aos q for contra Israel…Deus Adonai é o juiz dos povos não os homens. Is 30;1 Ai dos rebeldes q faz planos e não pelo espírito de Deus…(qdo é do hom e não de Deus).
Esta não foi o único, nem o primeiro e nem o último dos massacres.
A paz é melhor do que a guerra!Uma paz onde todos são beneficiados,melhor ainda!
Nessa emboleira moral, política e religiosa em que estão os países do Oriente Médio cada um querendo a primazia e querendo a destruição de Israel,uma mudança na mentalidade de muitos dos governantes árabes está havendo.
“Deus é a minha fortaleza e a minha força,e Ele perfeitamente desembaraça o meu caminho”(2 Sm 22.33).
Saudamos a paz com entusiasmo!
Muito bom saber detalhes destes acordos de “paz”entre árabes e judeus. Continuemos em observação constantes a esses acontecimentos passados e recentes. Obrigada Miguel por suas pesquisas antigas e atuais …sempre nos deixa do cientes de todos os acontecimentos relacionados a Sião.