A Verdade Histórica Sobre o Termo “Palestina” e a Origem dos Árabes da Região

Introdução

O conflito entre israelenses e os chamados “palestinos” é frequentemente apresentado pela mídia e por narrativas políticas como uma disputa entre dois povos ancestrais por uma mesma terra. Porém, um olhar atento à história revela fatos muitas vezes ocultados ou distorcidos. Um deles é a origem do termo Palestina, que não surgiu da cultura árabe ou de um Estado nacional historicamente estabelecido, mas sim de uma decisão imperial romana, como forma de apagar a identidade judaica da Terra de Israel.

Este artigo propõe esclarecer as origens do termo “Palestina”, a composição étnica dos povos que habitam hoje Gaza, Judeia e Samaria (chamada atualmente de “Cisjordânia”), e a realidade histórica anterior a 1967.

A Origem do Termo “Palestina”

O termo Palestina foi oficialmente adotado pelo imperador romano Caio Júlio César Adriano (76-138 d.C.), após a repressão brutal da revolta judaica conhecida como Revolta de Bar Kochba (132-135 d.C.). Para vingar-se dos judeus e apagar a identidade judaica da terra, Adriano decidiu renomear a província da Judeia para Syria Palaestina.

A escolha do nome fazia referência aos antigos filisteus (Philistim no hebraico bíblico), um povo de origem egeia que habitava algumas cidades litorâneas do sul de Canaã (como Gaza, Ascalom e Asdode) aproximadamente entre os séculos XII e VII a.C., e que já estavam extintos há séculos na época de Adriano.

📖 Fontes Históricas:

  • Dio Cássio, historiador romano, relatou as consequências da revolta judaica e a mudança de nome.
  • O historiador judeu Flávio Josefo, um século antes de Adriano, já se referia à região como Judeia.

Portanto, antes do século II d.C., Palestina jamais havia sido usada oficialmente para denominar toda a Terra de Israel ou como nome de uma entidade política independente.

Nunca Existiu um Estado ou País Chamado “Palestina”

É importante afirmar que nunca existiu um país ou Estado chamado Palestina em qualquer época da história. Desde os tempos bíblicos, a região foi ocupada por impérios sucessivos:

  • Egípcio
  • Israelita
  • Assírio
  • Babilônico
  • Persa
  • Grego (helenístico)
  • Romano
  • Bizantino
  • Califado Islâmico (árabe)
  • Cruzado
  • Otomano
  • Britânico (Mandato Britânico após 1917)

Durante todos esses períodos, o território sempre foi administrado como parte de estruturas imperiais ou coloniais, nunca como um Estado árabe independente chamado Palestina.

Quem São os Árabes de Gaza, Judeia e Samaria?

A população árabe da região é composta por diferentes origens, todas dentro do grande grupo étnico semita árabe, mas não com uma identidade nacional originária da terra chamada “Palestina”:

📍 Gaza

Os árabes de Gaza são, em sua maioria, descendentes de egípcios que migraram para a região durante os séculos XIX e XX, especialmente sob o domínio otomano e o controle egípcio entre 1948 e 1967.

🔍 Fato histórico: De 1948 até a Guerra dos Seis Dias (1967), Gaza foi administrada pelo Egito e os habitantes eram oficialmente considerados egípcios.

📍 Judeia e Samaria (Cisjordânia)

Os árabes que vivem hoje na região bíblica da Judeia e Samaria (Cisjordânia) são, em sua maioria:

  • De origem jordaniana (quando o Reino da Jordânia anexou a área de 1948 a 1967)
  • E síria (pela proximidade e migração histórica da Síria otomana)

🔍 Fato histórico: Entre 1948 e 1967, todos os moradores árabes da região eram legalmente cidadãos jordanianos.

Antes de 1967: Gaza Era Egípcia e a Cisjordânia Era Jordaniana

Após a independência de Israel em 1948, e a Guerra de Independência subsequente, as regiões de Gaza e da Cisjordânia foram ocupadas por Egito e Jordânia, respectivamente.

  • Egito governou Gaza e considerava seus moradores egípcios.
  • Jordânia anexou a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e concedeu cidadania jordaniana aos seus habitantes árabes.

Não existia qualquer movimento nacional palestino oficial, bandeira ou governo próprio. O termo “palestino” designava, inclusive, judeus e árabes que viviam sob o Mandato Britânico da Palestina antes de 1948. Por exemplo:

  • O Palestine Post era um jornal judeu.
  • O time de futebol Palestine Eretz-Israel (1934) era composto por judeus.

O Surgimento da Identidade “Palestina” Moderna

O conceito moderno de um “povo palestino” só começou a ser promovido após 1964, com a fundação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) por Yasser Arafat e outros líderes árabes.

Antes disso:

  • Não havia reivindicação formal por um Estado árabe chamado Palestina.
  • Os árabes locais se identificavam como sírios do sul, jordanianos, egípcios ou com suas famílias tribais.

Considerações Finais

O uso político do termo Palestina e a invenção de uma identidade nacional palestina desconectada da história factual são fenômenos modernos, surgidos em meio a disputas geopolíticas do século XX. Historicamente:

Palestina foi um nome dado pelos romanos para apagar a memória judaica.

✅ Nunca existiu um Estado árabe independente chamado Palestina.

✅ Os árabes de Gaza são descendentes de egípcios.

✅ Os árabes de Judeia e Samaria são de origem jordaniana e síria.

✅ Antes de 1967, Gaza era administrada pelo Egito e a Cisjordânia pela Jordânia.

✅ A identidade palestina moderna foi construída a partir da década de 1960 como instrumento político.

Referências

  • Flávio Josefo, A Guerra dos Judeus
  • Dio Cássio, História Romana
  • Bernard Lewis, The Middle East: A Brief History of the Last 2,000 Years
  • Joan Peters, From Time Immemorial: The Origins of the Arab–Jewish Conflict over Palestine
  • Yehoshua Porath, The Emergence of the Palestinian-Arab National Movement, 1918-1929
  • Documentos do Mandato Britânico da Palestina (1917-1948)
  • Arquivos da ONU sobre as resoluções de 1947 e 1967