A indignação internacional, incluindo o anúncio do Secretário de Estado dos EUA de que Washington está “decepcionada” com a decisão da Turquia de transformar a catedral de Aya Sofia em uma mesquita, se quer não move o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que fez um discurso de vitória na noite de sexta-feira:
“Planejo abrir Aya Sophia para as orações de sexta-feira já em 24 de julho”, disse o presidente turco Erdogan na sexta-feira, acrescentando que “as portas de Aya Sophia permanecerão abertas a todos – incluindo os turcos e os estrangeiros, muçulmanos e não muçulmanos”.
Por outro lado, o Presidente da Turquia acrescentou que “o uso de Ayia Sophia é uma questão relacionada à soberania turca. Peço a todos que não sabotem as decisões tomadas por nossas instituições legais e constitucionais”.
Ele disse: “Aceitamos qualquer opinião sobre o assunto, mas qualquer intervenção constituiria uma violação de nossa independência”. Nesse ponto, Erdogan criou uma comparação historicamente infundada. “Os pedidos para manter Aya Sophia como museu são equivalentes a um desejo de transformar o Vaticano em museu”, disse o presidente turco.
Erdogan aproveitou o discurso para citar Mahmut II com uma maldição contra qualquer um que mudasse o status de Aya Sophia de uma mesquita – e assim continuou a amaldiçoar Ataturk. No nível da história do edifício do século VI, Erdogan concluiu que “o direito turco à Aya Sofia não é menos do que aqueles que a construíram ao a cerca de 1.500 anos, os cristão bizantinos”.
Erdogan procura desviar o pensamento das dificuldades econômicas que o país está enfrentando, ao mesmo tempo que incita o ódio aos cristãos e judeus fazendo comparações em seu discurso entre transformar o Vaticano em um museu e aclamar a libertação da Mesquita de Al-Aqsa em Israel, o que indica as ambições neo-otomanas, ou neo-nazista mesmos, de Erdogan.
Erdogan está cada vez mais radicalizando seu discurso, usando o exército da Turquia para invadir a Líbia e ameaçar o Egito, financiando construções e compras de imóveis através dos árabes em Jerusalém. Ele está se comportando como um ditador cujo objetivo final é restaurar o império turco otomano que faliu e esqueceu de ser enterrado.
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