Ontem, o Ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov fez os comentários terríveis a mídia italiana para tentar justificar o quadro político da Rússia na batalha contra a Ucrânia, como “nazista”, apesar do fato de seu presidente ser judeu.
O Ministério das Relações Exteriores do Estado de Israel convocou ontem o embaixador da Rússia para “esclarecimentos” e exigiu um pedido de desculpas após o que chamou de afronta por parte do ministro russo.
A Alemanha nazista assassinou seis milhões de judeus no Holocausto na Segunda Guerra Mundial.
O ministro do Exterior, Sergei Lavrov fez as declarações infelizes em uma entrevista ao programa de TV italiano Zona Bianca no domingo, dias depois de Israel marcar o Dia da Memória do Holocausto, uma das ocasiões mais solenes do calendário israelense, e na véspera do Dia da Memória, o Yom Hazikaron.
Quando Lavrov foi perguntado como a Rússia pode alegar que está guerreando para “desnazificar” a Ucrânia quando o próprio presidente Volodymyr Zelensky é judeu. Sergei Lavrov disse: “Eu posso estar errado, mas Hitler também tinha sangue judeu. [Que Zelensky é judeu] significa absolutamente nada. Judeus sábios dizem que os anti-semitas mais ardentes são geralmente judeus.”
A declaração do ministro do exterior da Rússia foi recebida com indignação em todo antro político de Israel.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, reagiu com severidade, chamando as palavras de Sergei Lavrov de “imperdoáveis”.
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett disse: “Tais mentiras visam culpar os próprios judeus pelos crimes mais terríveis da história e, assim, libertar os opressores dos judeus de sua responsabilidade. “Nenhuma guerra hoje é o Holocausto ou se compara com o Holocausto.”
Diversas autoridades em Israel e no Mundo fizeram severas críticas as palavras de Sergei Lavrov que são mais uma escalada no anti-semitismo russo contra os judeus e o Estado de Israel, distorcendo a história para benefício político restrito. As palavras de Lavrov ecoam como um ruído tentando abafar os crimes de guerra praticados por Vladmir Putin e a cúpula do governo da Rússia.