Ator israelense famoso era agente do Mossad

O ator israelense Chaim Topol, que faleceu em março, usou seu status VIP no exterior nas décadas de 1970 e 1980 para ajudar o Mossad, informou o jornal israelense “Haaretz” na quinta-feira. O filme mais famoso que levou Topol as telas do cinema e da tv no Mundo inteiro foi “Um Violinista no Telhado“.

Seu filho, Omer Topol, disse em uma conversa com a Ynet que “papai era amigo de Rafi Eitan e do agente do Mossad Zvi Malchin, e eles o usaram quando necessário”, disse o filho. “Seu status naqueles anos era o de uma estrela internacional e ele podia ir a qualquer lugar que quisesse. Ele tinha a capacidade de entregar documentos e tirar fotos sem ninguém questionar nada”, disse ele, “mas ele não era nenhum James Bond ou algo parecido isso”, disse.

O jovem Topol disse que estava claro para ele e suas irmãs, Anat e Adi, que seu pai estava envolvido em missões secretas em nome do Mossad. Os três contaram que Topol costumava viajar para o exterior com uma pequena câmera e um gravador, a tecnologia mais avançada da época. Devido ao sucesso de Topel em “Um violinista no telhado”, ele morou em Londres, onde estrelou em Fiddler on the Roof, no West End Theatre de Londres por muitos anos.

Na época, os familiares de Topol disseram que ele estava frequentemente no escritório do Mossad na cidade, que fornecia cobertura para os agentes designados para lá. “Na época, o agente do Mossad, Malchin, ficava conosco em suas visitas e meu pai o ajudava com todo tipo de coisa, incluindo arranjos de segurança.”

Certa vez, Topol e Malchin viajaram para uma capital europeia para instalar escutas perto da embaixada de um país árabe e tiveram que perfurar uma parede comum de um apartamento alugado para eles com antecedência, para inserir os aparelhos.

O barulho da perfuração chamou a atenção dos seguranças da embaixada, mas Topol e Malchin alegaram ser um dentista e seu paciente contando com o equipamento fornecido pelo Mossad para tornar sua história de capa crível. “Zvi operou o equipamento no papel de dentista e meu pai abriu a boca e atuou como paciente. Os seguranças ficaram convencidos com a atuação e deixaram o apartamento”, contou Omer Topol.

Fonte: Haaretz e YnetNews