Drama sem precedentes no Irã: Manifestantes furiosos na cidade de Khomeini atearam fogo à casa do fundador da Revolução Islâmica e primeiro líder supremo da República Islâmica do Irã, o aiatolá Ruhollah Khomeini, durante a noite (quinta-feira).
Centenas de manifestantes invadiram o prédio, hoje usado como museu, em uma cidade que foi bastião de apoio ao regime nas últimas décadas, prova de que o protesto contra o regime, iniciado devido à crescente repressão religiosa no país, está gradualmente se movendo para os centros de poder do regime.
Nos últimos dias, os protestos no país aumentaram e o regime aumentou os atos de crueldade contra os manifestantes, que incluem disparos de arma de fogo e tortura. Centenas de milhares participaram de uma greve nacional desde terça-feira e a economia iraniana foi significativamente prejudicada.
Ontem, o regime prendeu um médico que tratava de manifestantes feridos e atirou em seu rosto com uma bala de borracha. O homem ficou gravemente ferido, mas a documentação do ato vazou online. Na cidade de Tabriz, no norte do país, milhares compareceram ao funeral de um manifestante que foi morto por tiros da polícia esta semana enquanto os enlutados entoavam palavras de ordem contra o regime.