Ashkelon é o antigo porto marítimo de Ascalão na Bíblia em português que remonta à Idade do Bronze, ou seja mais de 3000 anos atrás. Ao longo de sua história, a cidade foi dominada diversos povos, começando pelos cananeus, filisteus, hurritas, assírios,egípcios, fenícios, hebreus, persas, gregos, romanos, muçulmanos, cruzados, otomanos e britânicos, nos dias de hoje é um cidade judaica de Israel.
Ashkelon foi destruída pelos mamelucos em 1270 e posteriormente reconstruída pelos árabes, de modo que em 1576 era a sexta maior cidade da região de Israel, com uma população de 2795 habitantes. Por volta de 1948, Ashkelon havia crescido para 11.000 habitantes, quando a Guerra Árabe-Israelense se iniciou. Na ocasião, o povoado árabe de Majdal, na região de Ashkelon, tornou-se a posição avançada da força expedicionária egípcia baseada em Gaza O povoado foi ocupado pelas forças israelenses em 5 de novembro de 1948 a população árabe fugiu para Gaza junto com a retirada do exército egípcio. A moderna cidade israelense de Ashkelon, fundada em 1950, conta com uma população de 108.900 habitantes e é uma das maiores de Israel.
Acima a moderna cidade de Ashkelon
Ashkelon foi o maior e mais antigo porto marítimo de Canaã, e posteriormente, uma das “cinco cidades” (Pentápolis) dos filisteus. Escavações arqueológicas iniciadas em 1985, chefiadas por Lawrence Stager, da Universidade de Harvard, estão revelando um sítio com aproximadamente 15m de entulho acumulado de períodos sucessivos: cananeu, filisteu, Israelita, fenício, iraniano, helenístico, romano, bizantino, islâmico e dos cruzados.
Cemitério dos Filisteus Descoberto em Ashkelon
Os maiores inimigos do Povo de Israel eram uma civilização aparentemente mais “avançada” tecnologicamente do que os Hebreus, eles eram os donos dos portos e lançavam sobre os Israelitas pesados impostos, confiscavam as terras e desrespeitavam sua crença.
A civilização dos filisteus permaneceu somente até o período do Helenismo, quando muitos foram massacrados e o restante simplesmente absorveram a cultura grega, a quem já eram tão próximos, deixando de ser um povo.
Acima, foto de crânio de Filisteu, Autoridade de Antiguidades de Israel.
Cerca de 2500 anos depois de serem extintos, pela primeira vez os Hebreus se encontram novamente face a face com o inimigo mediante uma descoberta arqueológica incrível que poderá lançar mais detalhes daqueles que eram os mais terríveis inimigos de Israel, os Filisteus.
Mais de 160 esqueletos foram encontrados no Parque Nacional em Ashkelon, juntamente com as armas, jóias e garrafas de perfumes, provavelmente enterrados entre o Século XI AC para o VIII. “Estamos investigando os filisteus por 30 anos, mas nunca havíamos nos deparado com eles em pessoa,” diz o professor Daniel Mestre, chefe da missão arqueológica em Ashkelon.
Acima, muralha da Ashkelon do período dos cananeus e dos filisteus
Ashkelon aparece na Bíblia em diversas situações, porém a mais importante delas está relacionada com o Juiz Sansão:
Então o Espírito do Senhor tão poderosamente se apossou dele, que desceu aos ascalonitas, e matou deles trinta homens, e tomou as suas roupas, e deu as mudas de roupas aos que declararam o enigma; porém acendeu-se a sua ira, e subiu à casa de seu pai.
Juízes 14:19
Acima o portal da Ashkelon do período dos Cananeus que estava enterrado e foi restaurado pelo Estado de Israel