Está na hora de acender as velinhas…
A História de Hanukkah Por: Miguel Nicolaevsky
Por volta de 200 antes de Cristo o governo Grego-Assírio inicia a tentativa de apagar a memória judaica do povo judeu desejando misturá-los e torná-los parte da cultura do helenismo grego.
Para isso, Antioco declarou o cumprimento de leis judaicas e culto proibidos, incluindo nisso o próprio ensino da Torah, o que obteve um sucesso muito grande, pois um grande número de judeus, homens e mulheres se casaram com gregos e gregas, adotaram nomes gregos deixando a cultura judaica de lado. Em resposta a isso, Deus levantou um pequeno grupo de judeus das montanhas da Judah, da região de Modiin, que declararam publicamente uma revolução contra Antioco e seu madato, os quais eram fiéis a sua fé judaica.
Seus líderes eram Mattitiahu, e seu filho Judah(Judas Macabeus). Que faziam pequenos incursões contra no exército Grego-Sírio. Mais tarde, Antioco enviou uma legião inteira de seu exército para sufocar a rebelião, mas um pequeno comando dos Maccabeus consegiu milagrosamente vencer a luta contra milhares de soldados até expulsá-los completamente das terras de Israel.
O soldados de Israel conseguiram vencer a batalha e entrar em Jerusalem no mês de Kislev no ano 164 antes de Cristo, que neste tempo havia sido profanado pelos estrangeiros. Purificando-o e reenaugurando no Dia 25 do mês de Kislev(Entre Novembro e Dezembro). Na hora em que deveriam acender o candelabro do Templo(menorah), procuraram por óleo de oliva puro por todo o templo, mas somente conseguiram achar uma medida suficiente para um dia com o sêlo do Sumo Sacerdote, o que indicava a pureza e a validade do óleo.
De forma sobrenatural, o óleo que era suficiente para um dia durou por mais de uma semana, tempo o suficiente para se preparar e trazer o novo e consagrado óleo para o grande candelabro do templo(Menorah). Desde então, até os dias de hoje, comemora-se a multiplicação do azeite por oito dias.
Em lembrança do milagre da vitória dos Maccabeus e do óleo que se multiplicou, Hanukka é comemorada por 8 dias. Desta forma comemoramos a festa, inicia-se acendendo o Shamash(Uma especie de “escravo”, a vela que acende as outras), e com esta se acende uma vela a mais a cada dia, iniciando no primeiro dia da festa. Em Hanukka também tem se o ábito de comer alimentos fritos em muito óleo, como sonhos(sufiganiot) e “corações de batata”. Costuma-se também jogar pião e dar mesadas de hanukka as crianças(dmei Hanukkah).
Jerusalem nesta época se torna uma cidade muito especial para ser visitada, pois as três grandes religiões comemoram suas principais festas nestes dias, os Judeus comemoram Hanukkah, os Cristãos comemoram o Natal e os Muçulmanos comemoram Idel Fiter, muitas luzes, velas e um ambiente de festa durante todo o mês de Dezembro.
Kidush
É recitado no Sábado de Hanukah.
Tefilin
Usa-se o tefilin normalmente, menos no Sábado.
Tradições
Acender as velas da Hanukiah(Candelabro de 8 braços)
Distribuir Hhanucá Guelt (dinheiro)
Jogar Sevivon (pião)
Comer Sugvaniot(sonhos).
Receita de Sufganiot(Sonhos)
Por: Cristina Nicolaevsky
Ingredientes (para 15 sufganiot)
300 gr. farinha de trigo
2 gemas
1 1/2 colheres de açucar
30 gr. de margarina
1 colher de essência de baunilha
3/4 copo leite morno
15 gr. fermento de pao dissolvido no leite morno
Geleia para recheiar Óleo para fritar (bastante, cerca de 1 litro ou mais)
Modo de Preparo:
1. misture numa vasilha a farinha com as gemas, o açucar, a margarina, a essência de baunilha e o fermento dissolvido no leite. Até que fique uma massa fina. Deixe descancar por 1 hora e meia.
2. Estique a massa (1 cm e meio). Depois corte a massa com a ajuda de um copo e de pois deixe descansar denovo.
3. Frite em uma panela(com tampa), com bastante óleo, cerca de 1 litro. Deixe aquecer bem. (nao deixe o óleo super aquecer).
4. Na panela com óleo, coloque a massa e vire o sufganiot. Retire-os e coloque sobre um papel absovente, (para retirar o excesso de óleo).
5. Insira a geleia em cada sufgania, com a ajuda de um saco de confeitar bolo, depois pulverize açucar fino sobre os sufganiot.
Bom apetite.
Artigo Especial, Milagre de Hanukkah
Nos dias de Hanukkah, a autoridade arqueológica de Israel declarou no Canal 2 da TV Israelense a descoberta da Cidade dos Hashmonaim, ou seja a antiga cidade de Modiin, não muito distante da moderna Moddin.
A descoberta foi feita após os inícios de trabalhos da construção da nova linha de trem que ligará o Aeroporto Ben Gurion a Cidade de Modiin, próximo a futura região industrial de Modiin.
O Candelabro de Sete Braços
A Menorá ou Menorah (do hebraico מנורה – menorah – “lâmpada, candelabro”), é um candelabro de sete braços, este é um dos principais e mais difundidos símbolos do Judaísmo e talvez o mais importante e continuamente reconhecido ao longo da história.
Originalmente era um objeto constituído de ouro batido, maciço e puro, feito por Moisés para ser colocado dentro do Santo Lugar – átrio intermediário entre o Átrio Exterior do Santuário e o Santo dos Santos – juntamente com o Altar de Incenso e a Mesa dos Pães da Proposição. Diz-se que simboliza os arbustos em chamas que Moisés viu no Monte Sinai.
Pesquisadores acreditam que na realidade tem sua origem em uma planta que no território de Israel é chamada de menorah e que não importa de que ângulo você a contempla, sua forma lembra o candelabro do Tabernáculo.
A Menorá existiu tanto no Tabernáculo quanto no Primeiro Templo e, posteriormente, no Segundo Templo. Segundo historiadores, somente no ano 69 d.C., com a invasão romana a Jerusalém e a destruição do Templo, a Menorá teria sido levada pelos invasores para Roma, – fato este retratado em forma de relevo no Arco de Tito.
A menorah foi descoberta em dezenas de descobertas arqueológicas cuja maior parte estava ligada a ideia e o pensamento religioso, tanto em sinagogas quanto em casas de judeus, cemitérios e uma série de objetos arquitetônicos mas sempre com conotação religiosa.
Alguns pesquisadores argumentam que este objeto sagrado dos judeus, agora em Roma, teria sido levado para os porões do Vaticano, estando hoje sob a posse da Igreja Católica Romana, mas não há nada que possa comprovar esta afirmação, principalmente pelo fato de que os imperadores então eram completamente pagãos, e o destino do candelabro em mãos romanas poderia ser transformado em fonte para a produção de moedas de ouro.
Apesar do seu desaparecimento físico na história de Israel, a Menorah continuou sendo um dos símbolos mais utilizados pelo judaísmo com forte identidade religiosa. Assim como no caso da Estrela de Davi, o Candelabro Judaico que foi utilizado no Arco de Tito como uma simbologia da vitoria romana sobre os judeus e a derrota e humilhação do Povo de Israel, agora com a proclamação de Independência de Israel se tornou o símbolo da Redenção e Restauração da nação Judaica.
Atualmente, a Menorá constitui um símbolo do Estado de Israel, juntamente com a Estrela de Davi. Junto com a Menorah ( O Candelabro ) podem ser vistos no escudo dois ramos de oliveira que representam os dois pilares do judaísmo, a LEI ESCRITA, ou seja a TORAH e o TANAH e a LEI ORAL, hoje conhecidos como Mishna e Gemara, isto porém contraria a visão de Zacarias das duas oliveiras em torno do candelabro no capítulo 4 do livro do profeta.
Veja o texto abaixo em Zacarias
זכריה פרק ד
א וַיָּשָׁב, הַמַּלְאָךְ הַדֹּבֵר בִּי; וַיְעִירֵנִי, כְּאִישׁ אֲשֶׁר-יֵעוֹר מִשְּׁנָתוֹ. ב וַיֹּאמֶר אֵלַי, מָה אַתָּה רֹאֶה; ויאמר (וָאֹמַר) רָאִיתִי וְהִנֵּה מְנוֹרַת זָהָב כֻּלָּהּ וְגֻלָּהּ עַל-רֹאשָׁהּ, וְשִׁבְעָה נֵרֹתֶיהָ עָלֶיהָ–שִׁבְעָה וְשִׁבְעָה מוּצָקוֹת, לַנֵּרוֹת אֲשֶׁר עַל-רֹאשָׁהּ. ג וּשְׁנַיִם זֵיתִים, עָלֶיהָ: אֶחָד מִימִין הַגֻּלָּה, וְאֶחָד עַל-שְׂמֹאלָהּ. ד וָאַעַן, וָאֹמַר, אֶל-הַמַּלְאָךְ הַדֹּבֵר בִּי, לֵאמֹר: מָה-אֵלֶּה, אֲדֹנִי. ה וַיַּעַן הַמַּלְאָךְ הַדֹּבֵר בִּי, וַיֹּאמֶר אֵלַי, הֲלוֹא יָדַעְתָּ, מָה-הֵמָּה אֵלֶּה; וָאֹמַר, לֹא אֲדֹנִי. ו וַיַּעַן וַיֹּאמֶר אֵלַי, לֵאמֹר, זֶה דְּבַר-יְהוָה, אֶל-זְרֻבָּבֶל לֵאמֹר: לֹא בְחַיִל, וְלֹא בְכֹחַ–כִּי אִם-בְּרוּחִי, אָמַר יְהוָה צְבָאוֹת. ז מִי-אַתָּה הַר-הַגָּדוֹל לִפְנֵי זְרֻבָּבֶל, לְמִישֹׁר; וְהוֹצִיא, אֶת-הָאֶבֶן הָרֹאשָׁה–תְּשֻׁאוֹת, חֵן חֵן לָהּ. {פ} ח וַיְהִי דְבַר-יְהוָה, אֵלַי לֵאמֹר. ט יְדֵי זְרֻבָּבֶל, יִסְּדוּ הַבַּיִת הַזֶּה–וְיָדָיו תְּבַצַּעְנָה; וְיָדַעְתָּ, כִּי-יְהוָה צְבָאוֹת שְׁלָחַנִי אֲלֵיכֶם. י כִּי מִי בַז, לְיוֹם קְטַנּוֹת, וְשָׂמְחוּ וְרָאוּ אֶת-הָאֶבֶן הַבְּדִיל בְּיַד זְרֻבָּבֶל, שִׁבְעָה-אֵלֶּה; עֵינֵי יְהוָה, הֵמָּה מְשׁוֹטְטִים בְּכָל-הָאָרֶץ. יא וָאַעַן, וָאֹמַר אֵלָיו: מַה-שְּׁנֵי הַזֵּיתִים הָאֵלֶּה, עַל-יְמִין הַמְּנוֹרָה וְעַל-שְׂמֹאולָהּ. יב וָאַעַן שֵׁנִית, וָאֹמַר אֵלָיו: מַה-שְׁתֵּי שִׁבְּלֵי הַזֵּיתִים, אֲשֶׁר בְּיַד שְׁנֵי צַנְתְּרוֹת הַזָּהָב, הַמְרִיקִים מֵעֲלֵיהֶם, הַזָּהָב. יג וַיֹּאמֶר אֵלַי לֵאמֹר, הֲלוֹא יָדַעְתָּ מָה-אֵלֶּה; וָאֹמַר, לֹא אֲדֹנִי. יד וַיֹּאמֶר, אֵלֶּה שְׁנֵי בְנֵי-הַיִּצְהָר, הָעֹמְדִים, עַל-אֲדוֹן כָּל-הָאָרֶץ.
Em português:
Zacarias Capítulo 4
E O ANJO que falava comigo voltou, e despertou-me, como a um homem que é despertado do seu sono, 4:1 E disse-me: Que vês? E eu disse: Olho, e eis que vejo um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas; e sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo. 4:2 E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda. 4:3 E respondi, dizendo ao anjo que falava comigo: Senhor meu, que é isto? 4:4 Então respondeu o anjo que falava comigo, dizendo-me: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu. 4:5 E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. 4:6 Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina; porque ele trará a pedra angular com aclamações: Graça, graça a ela. 4:7 E a palavra do SENHOR veio novamente a mim, dizendo: 4:8 As mãos de Zorobabel têm lançado os alicerces desta casa; também as suas mãos a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos me enviou a vós. 4:9 Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses sete se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel; esses são os sete olhos do SENHOR, que percorrem por toda a terra. 4:10 Respondi mais, dizendo-lhe: Que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? 4:11 E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado? 4:12 E ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, SENHOR meu. 4:13 Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra. 4:14
Sendo assim, o novo símbolo do Estado de Israel na realidade tem não um papel sombrio que revela o morte de uma religião afundada em preceitos mortos da tradição judaica(A Lei e a Lei Oral), mas sim é um símbolo profético daquilo que ADONAI está para fazer, ou seja a ressurreição e redenção do Povo de Israel nos últimos dias pela Profecia(GULA) e Pelo Espírito de ADONAI(RUARH). Não deve ser confundido com a Chanukiá (חנוכיה – chanukiah), um candelabro adaptado com nove braços (diferentemente da Menorá, que tem sete braços).
Um Poema para o Shabat que recebeu Rosh Chodesh e Chanuká!
do acerdo do Rav J. Pietro B. Nardella-Dellova
Sinagoga Sêh HaElohim/Scuola
Somos seres que existem no vazio
Quando o rio que corre
Dentro do peito pára e morre
E se detém em águas paradas:
(retiradas as vidas destas plagas!)
…somos existências tão, enfim, vagas…
Que nos perdemos neste campo imenso:
Tão denso de vapores do inferno,
No gelo humano do diuturno inverno,
E nos perdemos, constantes na escuridão,
Que haverão os peitos de gemer à noite
E os ombros caídos aos muitos açoites
Que se criam a cada existência,
Na aparência da carne que vagueia
E em cada triste lágrima semeia
A esperança destes seres que existem
E insistem na vida plena,
Insistem neste Fogo
Que o infinito alcança…
Nunca mais caminharei
Trôpego e pesadamente
Aborrecido
Desaparecido nos corredores
Da morte insana e cruel
Solitário
Cabisbaixo
Retardatário!
Nunca mais esconderei
A face em lágrimas
Tantas
Sob a manta do fracasso
Da dignidade humana
Envelhecido
Alquebrado
Esquecido!
Eu irei!!!
Certamente irei
Banhar-me ao Sol
Do Novo Tempo
Descobrindo o corpo renovado
E rirei com os lábios
E com o abdômem
E com os olhos
Caminhando entre multidões
E cantando e pulando
Com o peito erguido
Às conquistas!
Acordarei bêbado de felicidade
E beberei feliz
Brindando na alvorada
A liberdade
De um Novo Dia!
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