O Herodion ou Herodium (Hebreu: הרודיון) é uma montanha localizada a 12 km ao sul de Jerusalém, no deserto da Judéia, não muito distante da cidade de Betlehem, cidade natal de Jesus. Alcançando uma altitude 758 m de altura acima do nível do mar, a vista panorâmica é invejável, pode-se ver ao lado norte um grande panorama de Betlehem e mais ao Fundo Jerusalém, no lado sul as montanhas de Hebron que chegam a cerca de 1000 metros de altitude e ao oriente o imenso deserto da Judeia rumo ao Mar Morto.
Flávio Josefo já havia descrito que foi neste local que Herodes o Grande fora sepultado, o que foi praticamente comprovado após as descobertas de Ehud Netzer ter encontrado uma câmara real muito grande e muito bem decorada, o mausoléu real de Herodes e seus queridos.
O Herodion é a mais eminente de mais magnífica de todas as suas construções, tanto que foi a única a qual escolher dar seu próprio nome, sua localização permitia-o controlar seus súditos e governar sobre Jerusalém devido a distância ser relativamente pouca. O palácio foi provido de grandes cisternas, uma piscina gigante, estruturas governamentais e um palácio deslumbrante protegido por uma grande muralha e quatro torres gigantes.
Além das estruturas governamentais, no local foram encontrados banhos romanos, sauna, quarto de resfriamento, banhos rituais conhecidos em Hebraico como Mikveh e até mesmo uma sinagoga. Flávio Josefo descreveu detalhadamente a construção e seu uso pelo Rei Herodes. O Herodium foi conquistado e destruído pelos Romanos no ano 71 E.C., quando Lucilius Bassus e Fretensis estavam a caminho de Massada. Posteriormente, durante a última revolta judaica no século II da E.C sob o comando de Bar Kovcha os judeus também utilizaram a fortaleza como esconderijo mas não obtiveram sucesso.
Na equipe de escavação do Herodion estava o Doutor Ehud Netzar, pesquisador reconhecido internacionalmente como especialista em construções herodianas na qual dedicou mais de 30 anos de sua vida em escavações e pesquisas das atividades construtoras de Herodes, desde os palácios em Jericó, Massada até o Herodium. Sua declaração provocou muitas reações na comunidade arqueológica de Israel. Este palácio de veraneio construído por Herodes e repleto de estábulos, jardins e salas era utilizado pelo rei quando Jerusalém ficava lotada na época das principais festas do Povo de Israel. O castelo construído em forma de cone sobre uma colina na judeía é uma das raras construções que levou o nome de seu construtor. Uma das construções mais impressionantes é um palácio de 130 metros de comprimento por 60 de largura que é precedido por uma via com 350 metros que provavelmente foi aberto especialmente para o funeral do Rei Herodes que teria ocorrido dentro deste local.
De 1972-1987, Netzer trabalhou no Herodium, nas escavação das estruturas do palácio. Ele voltou a trabalhar na escavação de 1997-2000, e novamente a partir de 2000-2010. A partir de 2006, as escavações revelaram uma rampa sinuosa ao redor da colina do complexo do palácio menor e estádio. Ao longo de sua trajetória foram descobertos um teatro e uma escadaria monumental, que passava por uma plataforma em ruínas, em maio de 2007, Netzer identificou o local como o túmulo do rei Herodes
Netzer encontrou o sarcófago quebrado em centenas de pedaços, exatamente conforme descrito por Flávio Josefo, que escreveu que isto foi feito por dissidentes judeus durante a primeira revolta contra os romanos entre 66 e 72 da E.C. Infelizmente em 25 de outubro de 2010, Ehud Netzer caiu ali mesmo no Herodion e ficou gravemente ferido quando uma grade cedeu durante a escavação. Ele morreu de seus ferimentos, três dias depois no Hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém, Israel. Porém a herança cultural deixada por suas pesquisas são sem dúvida alguma verdadeiras pérolas da arqueologia bíblica.
Convidamos a você a ver em nosso video nossa visita ao Herodion e a marcar em sua próxima jornada a Terra Santa uma visita pessoal a este local incrível.
Desde Sião,
Miguel Nicolaevsky, diretor do Cafetorah.com