Tabgha
A quieta região de Tabgha, na costa norte do Mar da Galileia é o local de muitas histórias do Evangelho, incluindo a Multiplicação dos Pães e dos Peixes.
Os primeiros cristãos marcaram o local deste milagre (Mateus 14:15-21; Marcos 6:35-44; João 6:1-14) com uma igreja que contém mosaicos magníficos. O pequeno mosaico dos pães e peixes, que marca o local onde Jesus abençoou o pão, se tornou um símbolo amado deste local e do milagre.
Os visitantes adoram andar pelo calçadão de Tabgha-Cafernaum, construído pelo Ministério do Turismo, para outra parte da angra de Tabgha e a Igreja da Primacia de Pedro. Este é o local tradicional dos eventos de João 21 depois da ressurreição – Jesus preparando o café da manhã para os seus discípulos, a pesca miraculosa e a reconciliação de Pedro.
Tabgha vem de uma palavra grega que significa “sete fontes”. Uma, a Fonte de Jó, surge dentro do lago, uma caminhada curta em direção leste pelo calçadão.
E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer.
E foram sós num barco para um lugar deserto.
E a multidão viu-os partir, e muitos o conheceram; e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se dele.
E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele, e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado.
Despede-os, para que vão aos lugares e aldeias circunvizinhas, e comprem pão para si; porque não têm que comer.
Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós, e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer?
E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes.
E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre a erva verde.
E assentaram-se repartidos de cem em cem, e de cinqüenta em cinqüenta.
E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.
E todos comeram, e ficaram fartos;
E levantaram doze alcofas cheias de pedaços de pão e de peixe.
E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.
E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar.
Marcos 6:30-46
Igreja da Premazia de Pedro
Esta igreja localiza-se aproximadamente a 450 metros da Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, no mesmo complexo das “sete nascentes”. Ela comemora a visão da pós-ressurreição de Jesus no Evangelho de João quando, ao ver os discípulos pescando, ele os chama para o lado do lago para o café da manhã, ao mesmo tempo perdoando Pedro por sua fraqueza na noite do julgamento. A igreja é construída sobre uma pedra onde o fogo era aceso.
João Capítulo 21
1 Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se deste modo: 2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Cana da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. 3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: Nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela noite nada apanharam.
4 Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era ele. 5 Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-lhe: Não. 6 Disse-lhes ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes. 7 Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. Quando, pois, Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava despido, e lançou-se ao mar; 8 mas os outros discípulos vieram no barquinho, puxando a rede com os peixes, porque não estavam distantes da terra senão cerca de duzentos côvados.
9 Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. 10 Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes. 11 Entrou Simão Pedro no barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. 12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor. 13 Chegou Jesus, tomou o pão e deu-lho, e semelhantemente o peixe. 14 Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos.
15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. 16 Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. 17 Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. 18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres. 19 Ora, isto ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. E, havendo dito isto, ordenou-lhe: Segue-me.
20 E Pedro, virando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, o mesmo que na ceia se recostara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o que te trai? 21 Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será? 22 Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. 23 Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas “se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?”
24 Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25 E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem.